Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 5 de março de 2019
Cientistas comunicaram nesta terça, 5, pela segunda vez no mundo, que um homem conhecido como “o paciente de Londres”, portador de HIV-1, causador do vírus da Aids, teria se curado da doença. Após ter sido submetido a um transplante de medula óssea e tratamento, ele não registra sinais do vírus há pouco mais de um ano e meio. O primeiro caso de remissão da enfermidade foi verificado num ‘paciente de Berlim’, e hoje, com o segundo anúncio, considerado não mais uma anomalia.
Os dois pacientes passaram por procedimentos idênticos, um transplante de medula óssea para tratamento de cânceres no sangue, recebendo células-tronco de doadores com uma mutação genética incomum que impede o entrincheiramento do HIV. De acordo com a diretora do Instituto Doherty Peter, Sharon R Lewin, a divulgação do segundo caso aumenta a ideia de que a cura da Aids é possível. Porém, ainda segundo ela, um transplante de medula óssea como uma cura não é viável. “Mas, se pode tentar determinar qual parte do transplante fez a diferença e permitiu que esse homem parasse de tomar seus medicamentos antivirais.”
No planeta, cerca de 37 milhões de pessoas vivem com o HIV, mas somente 59% recebem antirretroviral (ARV), tratamento que não destrói o vírus em quem o contraiu. Anualmente, quase um milhão de pessoas morrem por causas relacionadas ao HIV. Também cresce a preocupação com uma nova forma de vírus resistente aos medicamentos.
Foto: O Sul