Sábado, 22 de fevereiro de 2025

Dólar encerra a semana em alta, com forte queda do petróleo e notícia sobre novo coronavírus; Bolsa brasileira cai

As incertezas em relação ao governo de Donald Trump e a descoberta de um novo tipo de coronavírus na China provocaram turbulências no mercado financeiro. O dólar teve a primeira alta semanal em sete semanas. A bolsa de valores teve pequena queda, também influenciada pelo exterior.

O dólar comercial encerrou essa sexta-feira (21) vendido a R$ 5,731, com alta de R$ 0,026 (+0,46%). A cotação operou em queda durante a maior parte do dia, chegando a R$ 5,69 por volta das 13h45. No entanto, passou a subir no meio da tarde, após o jornal britânico Daily Mail divulgar a notícia de que um novo coronavírus descoberto em morcegos na China tem potencial de transmissão entre humanos.

Com a alta dessa sexta, a moeda norte-americana subiu 0,58% na semana. Em 2025, a divisa cai 7,26%.

A notícia do novo vírus também trouxe turbulências no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.128 pontos, com recuo de 0,37%. Além de seguir o mercado internacional, o indicador foi afetado pela queda do preço do petróleo, que afetou países emergentes.

Logo após a divulgação sobre o novo coronavírus, as bolsas norte-americanas passaram a cair, empurrando o mercado global. A queda dos juros dos títulos norte-americanos, considerados os investimentos mais seguros do planeta, não se refletiu em baixa do dólar, como costuma ocorrer.

Mercados

As preocupações com os impactos das frequentes ameaças tarifárias de Trump continuaram a impactar os mercados nesta sexta-feira.

Em seu anúncio mais recente, o republicano incluiu madeira e produtos florestais aos planos anunciados previamente de impor tarifas sobre carros importados, semicondutores e produtos farmacêuticos.

Além disso, ainda fica no radar a sinalização de Trump de que um novo acordo comercial com a China “é possível”. Nessa sexta, o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, disse que China e os EUA “tiveram uma troca de opiniões profunda sobre questões importantes nas relações econômicas” entre os países e que ambos os lados reconheceram a importância das relações comerciais entre os dois e concordaram em manter a comunicação sobre questões de preocupação mútua.

Na agenda econômica, uma leva de novos dados econômicos norte-americanos ficaram sob os holofotes, com destaque para o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria e do setor de serviços.

Segundo informado pela S&P Global, a atividade empresarial dos EUA quase estagnou em fevereiro, em meio a temores crescentes sobre tarifas de importação e cortes profundos nos gastos do governo federal norte-americano.

“As empresas relatam preocupações generalizadas sobre o impacto das políticas do governo federal, que vão desde cortes de gastos até tarifas e acontecimentos geopolíticos”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence à Reuters.

Os PMIs servem como um termômetro de tendências econômicas. Os indicadores são feitos com base em pesquisas mensais com companhias do setor privado, e dão uma dimensão do otimismo dos empresários sobre a economia.

Além disso, o país também reportou uma queda maior do que o esperado nas vendas de moradias usadas em janeiro, após três aumentos mensais consecutivos. Já a confiança dos consumidores dos Estados Unidos caiu mais do que o esperado em fevereiro, segundo dados da Universidade de Michigan.

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