Sábado, 21 de dezembro de 2024

Dólar fecha em R$ 5,61 e tem maior patamar em um mês, após falas de Lula

O dólar fechou em alta nessa sexta-feira (11) e atingiu o maior patamar em um mês, refletindo uma maior aversão ao risco no mercado após novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre taxação dos mais ricos.

Ao longo de todo o dia, a moeda americana oscilou e chegasse a R$ 5,65, a máxima do dia. O dólar encerrou os negócios no mercado à vista em alta de 0,50%, negociado a R$ 5,61, o maior nível em um mês. Na semana anterior, a moeda americana subiu expressivos 2,92%.

Em entrevista à rádio O Povo/CBN, de Fortaleza, o presidente disse que quer isentar pessoas com rendimentos de até R$ 5 mil reais do pagamento do imposto de renda e afirmou que quem “vive de especulação” deveria pagar.

“O que nós queremos é isentar aquelas pessoas até 5 mil reais e no futuro isentar mais, porque na minha cabeça a ideia é que salário não é renda. Renda é o cara que vive de especulação, esse sim deveria pagar imposto de renda”, afirmou.

A sinalização de que o governo deve aumentar os gastos reacendeu as preocupações do mercado com o quadro fiscal do País.

Atualmente, está isento quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.824). As falas vieram após o presidente ser questionado, em entrevista à rádio O Povo/CBN, sobre a proposta em análise pelo governo de criar uma espécie de “imposto mínimo de milionários” para compensar a perda de arrecadação com a mudança na tabela de isenção.

Cenário externo

Além das declarações de Lula, o resultado é também fruto da repercussão do mercado dos dados divulgados nos últimos dias, principalmente os de inflação, divulgados no Brasil e nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, a inflação subiu 0,44% em setembro, puxada sobretudo pelo aumento da conta de luz e pelos preços dos alimentos. A alta fez o mercado reforçar suas expectativas de que o Banco Central (BC) deve continuar elevando a Selic, taxa básica de juros, nos próximos meses.

Nos Estados Unidos, a inflação também subiu, a 0,2% em setembro, mas mostrando uma desaceleração, ao mesmo tempo em que o mercado de trabalho americano dá sinais de arrefecimento. Com os dados divergentes, investidores esperam que o Federal Reserve (Fed) continue cortando os juros no país, mesmo que com menor intensidade.

Ibovespa

O Ibovespa também foi impactado e encerrou sessão em queda de 0,28%, aos 129.992 pontos. Na véspera, o índice havia subido 0,30%, aos 130.353 pontos. Com o resultado, acumulou uma queda de 1,09% na semana, perdas de 1,11% no mês e um recuo de 2,86% no ano.

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