Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Dólar opera em queda e vai a R$ 5,91, com política tarifária de Trump no radar; Ibovespa oscila

O dólar opera em queda nesta quarta-feira (22), e ficou abaixo de R$ 6 já nos primeiros minutos de pregão. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, oscila entre altas e baixas. Os investidores continuam a precificar os possíveis rumos da política tarifária dos Estados Unidos com a chegada de Donald Trump à presidência.

Na véspera, Trump reforçou a promessa de impor tarifas de 10% à China e à União Europeia, além de considerar alíquotas de até 25% contra México e Canadá. A falta de medidas concretas sobre o tema tem beneficiado outras moedas ao redor do mundo.

Além disso, o mercado acompanha o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) em Davos, na Suíça, e está atento aos desdobramentos das contas públicas brasileiras. Na agenda, balanços corporativos e dados econômicos locais e internacionais estão em destaque.

Às 14h50, o dólar operava em queda de 1,58%, cotado a R$ 5,9348. Na mínima do dia, foi a R$ 5,9154. Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,18%, cotada a R$ 6,0302.

Com o resultado, acumulou:

queda de 0,58% na semana;
recuo de 2,42% no mês e no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa tinha alta de 0,07%, aos 123.416 pontos.

Na véspera, o índice avançou 0,39%, aos 123.338 pontos.

Com o resultado, acumulou:

alta de 0,81% na semana;
ganho de 2,54% no mês e no ano.

O que está mexendo com os mercados?

Os efeitos da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos continuam a influenciar os mercados nesta quarta. Além das ordens executivas assinadas no primeiro dia de mandato, novas declarações de Trump sobre um possível “tarifaço” a outros países geraram incertezas sobre os impactos no comércio global.

Na terça-feira, durante um evento na Casa Branca, Trump prometeu impor tarifas à União Europeia e afirmou que seu governo já está discutindo uma alíquota de 10% sobre produtos importados da China a partir de 1º de fevereiro. O republicano também ameaçou impor tarifas para o México e para o Canadá, afirmando que há preocupação com o fluxo de drogas provenientes desses dois países.

“Essa abordagem do governo Trump, de primeiro ameaçar para depois estudar se realmente vai ser implantada alguma tarifa sobre as outras economias, tem levado a um movimento de enfraquecimento global do dólar”, disse Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX à agência de notícias Reuters. “Visto o que se antecipava, o receio era de que ele teria uma postura agressiva já no seu primeiro dia de mandato”, completou. Esse cenário, no entanto, não aconteceu.

Sobre a relação de Trump com o Brasil, continuam a repercutir as falas recentes do republicano, quando afirmou que a relação dos Estados Unidos com a América Latina e com o Brasil “é excelente”, mas destacou que a região “precisa mais dos Estados Unidos” do que o contrário.

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