Sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Elon Musk anuncia verificações douradas e cinzas no Twitter; selo azul será relançado

O Twitter lançará marcas de verificação douradas e cinzas, além de relançar o serviço cobrado da azul, anunciou o presidente-executivo da plataforma, Elon Musk. Segundo o empresário, o selo dourado será usado para identificar empresas, e o cinza, governos nacionais e locais. A já tradicional checagem azul ficará reservada a indivíduos.

As novas marcas entrarão em funcionamento em uma semana, anunciou o empresário em uma postagem na rede social. Também na semana que vem, a plataforma relançará o polêmico serviço cobrado para a verificação azul, anunciou Musk.

“Cheque dourado para empresas, cheque cinza para governos, azul para indivíduos (celebridades ou não). Doloroso, mas necessário”, escreveu.
Todas as contas verificadas serão autenticadas manualmente antes que a verificação seja ativada, ainda segundo o bilionário.

“Indivíduos podem ter um logotipo minúsculo secundário para mostrar que pertencem a uma organização, se verificado como tal por essa organização”, disse Musk em outro tweet, acrescentando que dará uma explicação mais longa na próxima semana.

A empresa havia pausado a cobrança no serviço cobrado do selo azul, de US$ 8 (cerca de R$ 42,50), por conta do aumento de contas falsas após o lançamento inicial. Musk disse que o problema foi resolvido, e a verificação será relançada em 29 de novembro.

A marca de seleção azul era originalmente reservada para contas verificadas de políticos, personalidades famosas, jornalistas e outras figuras públicas.

“Anistia”

Musk, disse nesta semana que está concedendo “anistia” para contas suspensas, o que especialistas em segurança online preveem que estimulará um aumento no assédio, discurso de ódio e desinformação.

O anúncio do bilionário veio depois que ele fez uma enquete publicada em sua linha do tempo sobre o restabelecimento de contas que não “violaram a lei ou se envolveram em spam flagrante”. Os votos “sim” representaram 72% das respostas.

“O povo falou. A anistia começa na próxima semana. Vox Populi, Vox Dei”, tuitou Musk usando uma frase em latim que significa “a voz do povo, a voz de Deus”.

Musk usou a mesma frase em latim depois de postar uma pesquisa semelhante no último fim de semana antes de restabelecer a conta do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que o Twitter baniu por encorajar a insurreição do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Trump disse que não voltará ao Twitter, mas não excluiu sua conta.

Essas pesquisas online são tudo menos científicas e podem ser facilmente influenciadas por bots.

Desde que Musk assumiu o Twitter, grupos que monitoram a plataforma para discursos racistas, anti-semitas e outros tópicos dizem que há o aumento da exploração desses temas e no racismo em relação a jogadores de futebol da Copa do Mundo, sobre o qual o Twitter supostamente não está agindo.

O aumento no conteúdo nocivo se deve em grande parte à desordem que se seguiu à decisão de Musk de demitir metade da força de trabalho de 7.500 pessoas da empresa, demitir altos executivos e, em seguida, instituir uma série de ultimatos que levaram outras centenas a pedir demissão.

Também foi dispensado um número incontável de contratados responsáveis ​​pela moderação de conteúdo. Entre os que renunciaram por falta de fé na disposição de Musk de impedir que o Twitter se transformasse em um caos de discurso descontrolado estava o chefe de confiança e segurança da plataforma, Yoel Roth.

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