Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 16 de janeiro de 2025
A Polícia Civil prendeu preventivamente duas empresárias suspeitas de fraudar documentos e superfaturar serviços de home care custeados por planos de saúde. A ação, que aconteceu no bairro Cristo Redentor nessa quinta-feira (16), faz parte da Operação False Care, que investiga um esquema de fraudes envolvendo o serviço de saúde.
Segundo o Delegado Max Otto Ritter, são investigadas condutas em falsificação de orçamentos apresentados em processos judiciais, tendo por objeto a prestação de serviços de Home Care por uma empresa, mediante valores superfaturados e fornecimento de documentos em nome de outras empresas concorrentes no mercado.
A investigação teve início a partir de uma denúncia anônima e durou oito meses. Foram identificados 10 casos de fraude.
“Identificamos que a empresa procurava pacientes que precisavam de home care, como crianças com deficiência e doenças crônicas ou idosos que precisavam de cuidados especiais, oferecia o serviço e propunha que o custeio fosse feito por determinação judicial via planos de saúde públicos, como o IPE Saúde, e privados”, detalhou.
Ao judicializar o caso, a empresa investigada falsificava orçamentos de concorrentes que prestavam o mesmo serviço e apresentava à Justiça. Esses orçamentos eram superfaturados de forma que a empresa sempre tivesse o menor preço – e fosse a escolhida pelo Poder Judiciário.
A investigação indicou que os valores que ela apresentava para prestar os serviços também eram superfaturados, e que os serviços eram prestados de forma ineficiente.
Nesta manhã, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em em residências e sedes da empresa investigada em Porto Alegre, além de três sequestros de bens móveis de luxo, possivelmente adquiridos com dinheiro resultante do proveito dos crimes.
As ações policiais contam com o apoio de Auditores do Estado, integrantes da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado, os quais procederão a verificação da lesão causada ao Tesouro Estadual.
A Polícia Civil não divulgou os nomes da empresa e das empresárias. Além de realizar as prisões, a Polícia Civil apreendeu outros documentos e equipamentos de informática que devem ajudar a identificar outras vítimas do esquema.