Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 2 de novembro de 2024
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 está chegando (3 e 10 de novembro), com isso, cresce a expectativa sobre o tema da redação, uma etapa essencial para alcançar uma boa nota, que pode chegar a mil pontos. Danielle Capriolli Costa Silva, professora e coordenadora de Língua Portuguesa do Ensino Médio em uma escola bilíngue de São Paulo, lista 6 possíveis temas para a redação deste ano.
Redigir uma boa redação no Enem frequentemente gera nervosismo entre os candidatos. A razão é justificável: a nota na redação pode ser um fator decisivo no resultado, uma vez que o exame ganhou grande importância nos últimos anos, sendo aceito na maioria das faculdades, muitas vezes substituindo o processo seletivo próprio. Além disso, programas importantes como o Sisu e o ProUni têm o Enem como um de seus requisitos. Mais de 5 milhões de candidatos de todo o Brasil farão a prova em 2024, marcando o maior número de inscrições desde 2020.
A professora lembra que o tema da redação é muito esperado pelos estudantes, pois quase sempre é uma surpresa. “É preciso estar atento às principais notícias do Brasil e do Mundo para tentar pescar alguma ideia do que possa ser um tema para a redação de 2024”, diz Danielle Capriolli Costa Silva.
“Vale lembrar que o conhecimento da Língua Portuguesa será avaliado não apenas pela grafia das palavras (ortografia), mas também pela concordância verbo-nominal, organização das orações e sua pontuação (uso de vírgulas e ponto-final), assim como a acentuação delas. E, para que o candidato tenha uma boa performance, é importante estudar a norma padrão e ler muito, pois isso auxilia na memorização das palavras e na compreensão dos contextos em que podem ser aplicadas”, conclui.
Possibilidades
Confira 6 temas que podem ser cobrados na redação deste ano:
Migração climática: impacto das mudanças ambientais na mobilidade humana: o aumento de eventos climáticos extremos no Brasil e no mundo está forçando populações a migrarem para áreas mais seguras. No Brasil, desastres naturais, como as enchentes que vimos no Rio Grande do Sul, evidenciam a necessidade de discutir a vulnerabilidade social e as políticas de acolhimento e adaptação climática.
Desigualdade de gênero no mercado de trabalho: a luta por equidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, com foco na disparidade salarial e dificuldade de acesso a cargos de liderança, permanece atual. A discussão sobre a criação de políticas públicas para mulheres é relevante no contexto brasileiro.
Cultura do cancelamento e seus impactos na liberdade de expressão: o fenômeno da “cultura do cancelamento” traz questões sobre os limites da liberdade de expressão e o impacto de linchamentos virtuais. A reflexão sobre o equilíbrio entre justiça social e a preservação de direitos individuais é fundamental em tempos de redes sociais.
O papel da educação no combate à desinformação: a proliferação de fake news, especialmente em contextos eleitorais e sanitários, torna urgente o debate sobre como a educação pode formar cidadãos críticos, capazes de identificar e combater a desinformação, promovendo uma sociedade mais informada e capaz de reconhecer seus direitos.
Saúde mental na adolescência e o impacto das redes sociais/uso do celular: o uso crescente de redes sociais e seus efeitos psicológicos sobre adolescentes, como ansiedade e depressão, é um tema de grande relevância. As escolas no Brasil todo têm discutido o uso dos celulares em função da saúde mental dos alunos. A discussão sobre o equilíbrio entre conectividade e saúde mental é vital para o bem-estar dos jovens.
Inteligência artificial e os desafios e impactos no mercado de trabalho: o avanço da inteligência artificial está transformando o mercado de trabalho, substituindo algumas funções e criando profissões. O debate sobre os impactos dessa tecnologia no emprego, a necessidade de requalificação profissional e a inclusão tecnológica é uma questão urgente e atual.