Quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 29 de julho de 2024
Os hidratantes faciais com ácido hialurônico se tornaram sensação entre os produtos para cuidados com a pele. Essa substância, conhecida por sua capacidade de reter água, é encontrada na maioria dos queridinhos de beleza. Ela atua como um preenchedor natural, reduzindo a aparência de linhas finas e rugas.
Além de combater os sinais do envelhecimento, o ácido hialurônico também ajuda a melhorar a textura da pele, deixando-a mais suave e luminosa. É especialmente indicado para secas ou maduras, que precisam de hidratação intensa e reposição de volume.
O ácido hialurônico se tornou uma palavra da moda na indústria da beleza. Ele é incluído em todos os tipos de produtos, desde cremes e produtos de limpeza até xampus. Esses itens costumam ser vendidos aos consumidores com a promessa de aumentar a hidratação, o que é importante para que a pele tenha a melhor aparência.
Ele é uma molécula onipresente nos órgãos e tecidos do corpo humano e desempenha um papel crucial no funcionamento de nossas células e tecidos. Tem sido usado clinicamente há décadas, por exemplo, como injetável entre as articulações para ajudar a lubrificar a cartilagem. Mas no início deste século, as empresas de cosméticos começaram a utilizá-lo como ingrediente hidratante em produtos cosméticos.
Topicamente, acredita-se que o ácido hialurônico atue retendo moléculas de água para hidratar a pele e restaurar a elasticidade, evitando o aparecimento de rugas. Quando combinado com um protetor solar, pode proteger a pele da radiação UV, pois possui propriedades antioxidantes (o que significa que evita danos causados por agentes oxidantes, como a radiação UV).
Um dos argumentos de marketing mais utilizados para vender ácido hialurônico é que ele supostamente retém mil vezes seu peso em água. Isso significa que pode bloquear a hidratação e reduzir a perda de umidade.
Mas esta afirmação foi recentemente posta em causa, com numerosas publicações discutindo as descobertas de um artigo pré-impresso (ainda não revisto por outros cientistas) sugerindo que esta afirmação não é verdadeira. Os autores do estudo, pesquisadores da Universidade da Califórnia, estudaram as propriedades de ligação das moléculas de ácido hialurônico e da água para testar a afirmação de que ele pode reter mil vezes seu peso em água.
Para isso, os cientistas criaram uma solução contendo 1 grama de ácido hialurônico e 1.000 g de água (ou seja, 0,1% de ácido hialurônico), que compararam com água sem ácido. Eles então aplicaram calor a ambas as soluções, medindo as mudanças térmicas ocorridas. Eles descobriram que não houve muita diferença nas alterações ocorridas na solução de ácido hialurônico a 0,1% em comparação com a água pura. Assim, chegaram à conclusão de que a afirmação generalizada não é verdadeira.
Essas descobertas podem fazer os consumidores se perguntarem se seus produtos de ácido hialurônico funcionam bem.