Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 8 de novembro de 2023
Os brasileiros que deixaram o País para viver na Irlanda cresceram mais de 430% nos últimos anos. Segundo o Itamaraty, o número de imigrantes brasileiros no país europeu mais que quintuplicou entre 2018 e 2022: saltou dos 15 mil para cerca de 80 mil.
Imigrantes apontam fatores como bons salários e ofertas de emprego como atrativos para imigração. Apesar disso, eles relatam as dificuldades que encontraram no país.
Na última semana, o caso do entregador brasileiro João Henrique Thomaz Ferreira, atropelado por um carro da polícia irlandesa colocou a imigração brasileira à Irlanda em evidência. Após o acidente, João precisou amputar a perna direita e está internado.
Testemunhas e amigos de João afirmam que o atropelamento foi proposital e cobram rigor nas investigações e justiça. O caso desencadeou um protesto em Dublin, capital da Irlanda, com adesão de muitos brasileiros e entregadores de comida, função bastante exercida por estrangeiros e, inclusive, pelo próprio João.
A categoria relata que é alvo constante de violência na Irlanda. Agressões, roubos e perseguição por parte de gangues irlandesas são frequentes durante o trabalho.
Morando na Irlanda desde o final de 2021, o jovem João Maurício Martins, de 25 anos, se mudou para o Dublin, capital do país, com visto de estudante para aperfeiçoar a língua inglesa. Ele é de Guaratinguetá, no interior de São Paulo.
Como a lei irlandesa permite que estudantes estrangeiros trabalhem até 20 horas por semana, João decidiu procurar um emprego em busca de dinheiro e a primeira oportunidade que apareceu foi como entregador de comida.
A experiência, entretanto, não foi positiva. De acordo com ele, a perseguição contra estrangeiros que exercem a função no país é muito grande e coloca em cheque a segurança das pessoas que optam por trabalhar com entrega.
Facilidades
Visto de trabalho e de estudante relativamente fácil em comparação a outros países desenvolvidos do exterior.
Imigração mais acessível em relação a outros países desenvolvidos do exterior.
A possibilidade de trabalhar até 20 horas por semana com visto de estudante, o que não é permitido em outros países que recebem muito intercambistas, como a Austrália.
Maior oferta de empregos em relação ao Brasil.
Salário maior em relação ao Brasil; e o fato de ser um país europeu e a possibilidade de conhecer os outros países do continente.