Domingo, 22 de dezembro de 2024

Entidades anunciam suspensão de atendimento eletivo aos segurados do IPE Saúde

A Federação RS (Federação das Santas Casas e Hospitais Sem Fins Lucrativos do RS) e a Fehosul (Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do RS), acompanhadas de 18 hospitais atuantes no Rio Grande do Sul, anunciaram a suspensão do atendimento eletivo aos segurados do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do RS Saúde (IPE Saúde) a partir do dia 6 de maio. A medida foi tornada pública nesta segunda-feira (29), em coletiva de imprensa em Porto Alegre.

De acordo com as entidades, a decisão foi tomada em decorrência da insustentabilidade dos contratos mantidos entre as instituições e o plano de saúde frente ao novo modelo de contraprestação implantado em 1° de abril pelo governo do Estado.

No anúncio, estiveram presentes o presidente da Fehosul, Claudio Allgayer; o presidente em exercício da Federação RS,  Rogério Franklin; o vice-presidente da Fehosul e superintendente administrativo do Hospital Ernesto Dornelles, Odacir Rossato; o diretor geral da Santa Casa de Porto Alegre, Júlio Dornelles de Matos, e o diretor do Hospital de Clínicas de Passo Fundo, Luciney Bohrer.

Também compareceram representações do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) e do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers).

De acordo com o diretor do Interior do Simers, Luiz Alberto Grossi, a decisão é um marco triste para a categoria e para a Saúde do estado, mas é resultado de um processo de desvalorização tanto para os hospitais como para os médicos, por parte do governo. “Infelizmente, a situação ficou insustentável. Sabemos que muitos médicos do interior têm no IPE boa parte dos seus ganhos. Mas a imposição de um modelo de remuneração aos profissionais é inaceitável. Como, por exemplo, o chamado convênio global, que interfere na autonomia médica. Por isso, esperamos que os gestores apresentem uma solução para esse problema o mais rápido possível, para evitar o descredenciamento ao plano”, afirmou Grossi.

O Cremers também manifestou a preocupação com a possibilidade de desassistência de parte da população gaúcha. “O atendimento à população deve ser prioridade de todos envolvidos. O Conselho defende a retirada da obrigatoriedade de contrato global dos termos de negociação, uma vez que transfere aos hospitais o pagamento de honorários médicos, sem qualquer garantia a esses profissionais”, apontou o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade. Em nota, o médico colocou o conselho à disposição para a mediação da negociação entre profissionais da saúde, hospitais e governo do Estado.

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