Quarta-feira, 13 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 22 de novembro de 2022
Uma “paniculite complicada por sepse de origem cutânea” foi a causa da morte do cantor Erasmo Carlos, como consta o boletim médico divulgado pelo Hospital Barra D’Or, onde ele estava internado desde 2 de novembro. O artista faleceu nesta terça-feira (22), aos 81 anos.
Paniculite é a inflamação da camada de gordura que fica abaixo da pele. Ela se manifesta a partir caroços sensíveis e vermelhos. A doença é caracterizada por nódulos macios e avermelhados que se originam na camada de gordura profunda sob a pele (subcutânea). Eles tendem a ser grandes, medindo vários centímetros de diâmetro. Os caroços são mais comuns nas pernas e nos braços e ocorrem com menos frequência nas nádegas, no tronco e no rosto.
Pessoas com paniculite podem apresentar outros sintomas de inflamação generalizada no corpo, como febre, dores musculares e articulares e sentir indisposição. No caso de Erasmo Carlos, a doença foi piorada por uma sepse — inflamação generalizada que pode levar à falência dos órgãos.
A causa da paniculite ainda é desconhecida, mas ela pode surgir em pessoas com infecção, exposição a baixas temperaturas, lesão, lúpus eritematoso sistêmico, doenças pancreáticas, doenças inflamatórias – como doença inflamatória intestinal e poliarterite nodosa – e deficiência de alfa 1‑antitripsina (enzima cuja falta danifica os pulmões e o fígado).
Não existe um tratamento específico para a paniculite, mas podem ser administrados anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) para alívio da dor e da inflamação.
Internações hospitalares nos últimos anos
Erasmo Carlos não era muito de comentar sobre seu estado de saúde. Mas os últimos anos foram de muitas idas ao hospital por conta de diversos problemas.
O mais recente, ocorreu em outubro deste ano onde ficou 16 dias internado tratando de uma síndrome edemigênica.
Um pouco antes de se internar por conta da síndrome, o cantor foi diagnosticado com uma infecção pulmonar que também precisou de cuidados médicos, ele ficou internado na UTI do hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, mesmo lugar que faleceu.
O cantor chegou a lutar contra um câncer no fígado – sem tornar o tratamento público, sobre o qual só comentou depois de quatro anos, quando ela já estava em remissão.
Em agosto do ano passado, Erasmo precisou ser internado às pressas por contrair o coronavírus. Ele havia tomado duas doses da vacina e, segundo nota divulgada em suas redes sociais, ele disse que estava tomando todos os cuidados e seguindo as recomendações médicas.