Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 3 de agosto de 2023
O semestre mal começou e articulação do Planalto já detectou dificuldades para aprovar matérias na Câmara. A principal ameaça paira sobre a nova regra fiscal, que depende dos deputados. Parlamentares se sentem engambelados por Lula, que prometeu reforma ministerial, mas nada entregou. Para entregar o prometido, o presidente precisa mexer na turma da lacração, trocando uma das mulheres da Esplanada. A enrolação irritou as raposas do centrão, que ameaçam não votar nada.
Fila de espera
Republicanos e Progressistas esperam Lula oficializar a nomeação de André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Rep-PE) para a Esplanada.
O tempo urge
O governo quer votar a regra fiscal até 31 de agosto e o Orçamento de 2024, em seguida. Na Câmara, ninguém se compromete com o prazo.
Blá blá blá
A última desculpa do Planalto para enrolar com as mudanças é a agenda de Lula, sempre “cheia”, quando convém. A viagem à África já foi citada.
Sobrou
Até a viagem de Marcos Pereira, presidente do Republicanos, já virou desculpa… como se fosse dele a decisão de nomear ministros.
Senado: viagens de servidores já custaram R$1,1 mi
Servidores do Senado, tanto quanto os parlamentares, desfrutam de boas viagens, dentro do País e no exterior, por conta do pagador de impostos. No primeiro semestre de 2023, revela a transparência da Casa, foram gastos R$1.147.703,67 só com passagens aéreas. O valor considera apenas o gasto com os servidores, não estão no bolo da gastança os senadores, colaboradores eventuais ou terceirizados.
Badalados
Na lista, destinos disputados por turistas: França, Estados Unidos, Chile, Portugal, Holanda, Irlanda, Inglaterra, Espanha… e por aí vai.
Fatura
O bilhete mais caro, R$16,5 mil; bancou a passagem de um servidor para Portugal. Foi à um fórum promovido pela escola de um ministro do STF.
Sempre eles
Ao todo, foram 613 viagens pela tropa de servidores. A maioria, 285, foi justificada como “segurança de autoridades”.
CPI prorrogada
A CPI do MST será prorrogada por 60 dias. À coluna, o presidente da comissão, deputado Zucco (PL-MS) afirmou que o prazo responde ao período de suspensão por votações tipo a reforma tributária.
Pedala Robinho
O Superior Tribunal de Justiça adiou para o dia 16 a análise do pedido do Governo da Itália para que o ex-jogador Robinho cumpra no Brasil a pena imposta pela Justiça italiana por estupro.
Estratégia
O PSB do vice Geraldo Alckmin foi às redes sociais comemorar a redução na taxa de juros, a primeira em três anos. Muita festa e nenhum elogio ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Sra. Pé-frio
Acabou mal a torcida da primeira-dama Janja pela seleção feminina na Copa do Mundo. Após a eliminação, internautas a responsabilizaram pelo “pé-frio”, característica memorável do maridão nos primeiros mandatos.
Perigo próximo
O senador Hamilton Mourão (Rep-RS) alertou colegas na CPI das ONGs para atuação de picaretas no País. “Ou o Brasil acorda ou em um futuro próximo não seremos efetivamente soberanos na Amazônia”, cravou.
Vanguarda
O Estado de São Paulo não vai usar livros impressos do MEC para alunos a partir do sexto ano. É uma modernização do material didático, que será 100% digital. A decisão deve valer a partir de 2024.
Tem lado?
Mauricio Marcon (Pode-RS) questiona decisão que mantém o coronel da PMDF Jorge Eduardo Naime preso após o 8 de janeiro, mas não atinge o ex-chefe do GSI de Lula Gonçalves Dias filmado no Palácio no dia 8.
Para inglês ver
Apesar de o Senado registrar despesas na “transparência”, 278 servidores têm o nome classificado como “sigiloso” em descrições do custo do passageiro entre gastos da Casa.
Pergunta na rua
Corte nos juros é vitória de quem?
PODER SEM PUDOR
Bananas para os céus
Em campanha para presidente, no ano de 1950, o brigadeiro Eduardo Gomes (UDN) mandou avisar que sobrevoaria Maceió em voo rasante, a bordo do DC-3 que utilizada em suas viagens. Silvestre Péricles (PSD), governador populista-maluco de Alagoas, saiu à sacada do Palácio dos Martírios e iniciou uma série espetacular de bananas para o alto, em “saudação” ao adversário. A certa altura, avisado por um assessor que sua mãe o chamava, ele passou a tarefa ao funcionário: “Meu filho, fique aqui dando bananas enquanto vou ver o que ela quer”.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos.