Terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Estatal Petrobras torra R$ 7 milhões em viagens

Enquanto o brasileiro paga R$ 8 por litro de gasolina, mais de R$ 100 por um botijão de gás e nem sonha com uma diminuição nos preços, a crise não afeta a Petrobras ou seus funcionários, que desfrutam das benesses da estatal do petróleo. Benesses bancadas pelos aumentos além da conta e lucros recordes.

O Portal da Transparência da empresa mostra que foram gastos R$ 6,8 milhões em passagens e diárias somente entre janeiro e março de 2022. No total, 122 viagens de classe executiva.

Classe exclusiva

Só as 122 viagens de classe executiva que a Petrobras bancou para os funcionários, este ano, custaram R$ 2,1 milhões. A estatal não comentou.

Estatal = do povo

Uma única viagem (de classe executiva, claro) de um administrador de planejamento de projetos custou mais de R$ 92 mil à Petrobras.

Dinheiro de sobra

A maior parte dos gastos, R$ 5,7 milhões, corresponde às passagens aéreas. O restante vai para hospedagem, diárias etc.

É um mistério

Questionada, a Petrobras não explicou os critérios de elegibilidade e limite de gastos para viagens de empregados em classe executiva.

ANS favorece planos de saúde com reajuste cavalar

A ANS, “agência reguladora” dos planos de saúde, vai reiterar nos próximos dias, pela enésima vez, a quem de fato serve: anunciará um aumento de 15% a 18% nas prestações dos planos de saúde individuais que ainda restam. O reajuste deve vigorar a partir de maio.

Os brasileiros que foram empurrados pela própria ANS aos chamados “planos coletivos” terão de amargar um novo aumento cavalar a ser determinado pelas próprias operadoras, e que podem passar dos 25%.

Jogada esperta

Na prática, a ANS atendeu as empresas e condenou à morte os planos individuais. E abriu mão de definir reajustes dos planos coletivos.

Navalha e pescoço

A ANS hoje controle planos individuais e sujeitou preços dos coletivos à fantasiosa “negociação entre as partes”, isto é, a navalha e o pescoço.

Golpe exitoso

O golpe deu certo: os planos individuais deixaram de ser vendidos e hoje representam apenas 18,5% do total. Os planos coletivos, 81,6%.

Falta quem?

O grupo que discute o “semipresidencialismo” na Câmara vai se reunir na quarta (13). São nove deputados federais, os ex-presidentes do STF Nelson Jobim e Ellen Gracie, além do ex-presidente Michel Temer.

Semelhanças

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), é tão conhecido no Estado quando o ex-ministro de Bolsonaro Tarcísio Freitas (Rep): 38% sabem quem são. E empatam também nas intenções de voto: 10%.

A lição de Ulysses

Não foram poucos os amigos do presidente Bolsonaro lembrando a advertência de Ulysses Guimarães, que não gostava de CPIs. Dizia há décadas que CPI “a gente sabe como começa, mas não como termina”.

Tem até mordomia

Para além de poder e prerrogativas, o Líder do Governo no Senado ainda tem, de quebra, carrão oficial com placa verde e amarela, em razão do status de ministro.

Puxa a sardinha

Deputados do PL e PP, entre os maiores partidos da Câmara, e o Novo, um dos menores, puxaram a sardinha para os próprios partidos após a derrubada da “urgência” para o projeto das fake news.

Memória de elefante

Pesquisa CNC/Peic revelou que 27% das famílias do Brasil têm dívidas ou conta atrasadas, no 1º trimestre de 2022, “pior resultado desde 2010”. Em 2004, em São Paulo, eram 45% de endividados, dizia o próprio Peic.

Vai piorar

Na segunda (11), a prisão do ativista Julian Assange completa três anos. A expectativa é que a Justiça inglesa aprove o pedido de extradição dos Estados Unidos para o fundador do Wikileaks ainda este mês.

Novo Correios

Famosa por entregas a jato nos EUA, a Amazon parece ter dificuldades com fornecedores ou burocracia no Brasil. Dicionário comprado em 28 de fevereiro teve prazo de entrega prorrogado e ainda não foi entregue.

Pensando bem…

…“comeram mosca” os oficiais de justiça, que não foram ao evento de Alckmin tentar notificar Janja, a “noiva”, por calotes na Receita e na Caixa.

PODER SEM PUDOR

Cinco doses de duração

O falecido senador Fábio Lucena, do Amazonas, tinha o hábito de passar o tempo, nos aviões, com um copo de uísque nas mãos – talvez para disfarçar o medo de voar. Quando Tancredo Neves percorria o País, em 1984, para legitimar sua campanha presidencial, Lucena viajava para um comício em Belém (PA) e um repórter perguntou:

“Senador, quantas horas são mesmo de avião entre Brasília e Manaus?”

Ele respondeu: “Quantas horas, eu não sei. Só sei que são cinco doses de uísque!”

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