Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 21 de janeiro de 2025
A posse de Donald Trump, nesta semana, deflagrou o seu segundo mandato – não consecutivo – como presidente dos Estados Unidos. E apesar de suas declarações sugerindo a possibilidade de um terceiro período no cargo mais poderoso do planeta, a Constituição norte-americana impede que a mesma pessoa seja eleita para a função mais de duas vezes.
Ratificada em 1951, a 22ª Emenda da Carta Magna do país estabelece essa regra, criada após Franklin Roosevelt exercer quatro mandatos consecutivos entre 1933 e 1945, durante a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. O objetivo desse limite é evitar a concentração de poder de forma contínua.
Durante sua trajetória política, Donald Trump ocasionalmente brincou sobre a hipótese de um terceiro mandato. Em eventos públicos e conversas, o republicano chegou a sugerir que “negociaria” essa possibilidade, mas tais comentários foram amplamente interpretados como piadas ou declarações provocativas.
O fato é que a lei é clara. Qualquer tentativa de alterar esse limite enfrentaria barreiras significativas, com a necessidade de alterar a Constituição.
Franklin Roosevelt foi o único presidente a ocupar a Casa Branca por mais de dois mandatos, o que gerou preocupações sobre o risco de líderes prolongarem indefinidamente seu tempo no poder. A 22ª Emenda foi uma resposta direta a esse cenário, garantindo que a alternância de poder fosse preservada como um dos pilares da democracia americana.
Ao tomar posse, na segunda-feira (20), Donald Trump se tornou o presidente mais velho a assumir o cargo – ele completará 79 anos no dia 14 de junho. Analistas políticos ressalvam que, mesmo impedido de ter mais uma vez o seu nome nas urnas para o comando da Casa Branca, é inegável que sua influência política e a grande base de apoiadores podem ser decisivas nos próximos pleitos, inclusive como “cabo eleitoral”.
Aprovação
Cerca de 47% dos americanos aprovam a presidência de Donald Trump, revelou uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nessa terça-feira (21). O levantamento foi realizado nas horas seguintes à cerimônia de posse do republicano, no dia anterior, e sugere que a popularidade do republicano está mais alta que durante a maioria dos anos do seu primeiro mandato (2017-2021).
Os números também indicam, porém, que quase 60% dos entrevistados avaliam que Trump não deveria ter concedido perdão aos condenadas por crimes relacionados ao ataque antidemocráticos ao Capitólio (sede do Congresso norte-americano, em Washington), de 6 de janeiro de 2021.
Esse “canetaço” anistiou a maioria das quase 1.600 pessoas acusadas de se juntar ao cerco. O incidente foi protagonizado por apoiadores de Trump, inconformados com a derrota do republicano na eleição de 2020 – ele próprio foi o insuflador do ato extremista.
A pesquisa Reuters/Ipsos, que foi realizada on-line, por amostragem, com 1.077 adultos residentes nos Estados Unidos. Conforme o instituto responsável, a margem de erro é de cerca de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. (Com informações do jornal Valor Econômico)