Sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Estilo de vida saudável reduz pela metade o risco de desenvolver depressão

Pessoas que levam um estilo de vida saudável têm cerca de metade da probabilidade de desenvolver depressão do que aquelas que não têm bons hábitos. Essa foi a conclusão de um estudo publicado na revista Nature Mental Health, onde uma equipe internacional de pesquisadores analisou uma combinação de fatores, incluindo elementos de estilo de vida, genética, estrutura cerebral e sistemas imunológico e metabólico para identificar os mecanismos que podem ajudar na prevenção da depressão.

Os pesquisadores concluíram que viver um estilo de vida saudável, que inclui hábitos como dormir o suficiente (pelo menos sete horas por noite), praticar exercícios regularmente, seguir uma dieta saudável e manter-se socialmente ativo, está associado a um risco 57% menor de desenvolver depressão em comparação com pessoas que não têm esse costume, independentemente da predisposição genética.

Para chegar até essas conclusões, os pesquisadores analisaram dados de mais de 280 mil adultos durante nove anos, sendo que, neste período, 12.916 foram diagnosticados com depressão. Os dados foram obtidos do UK Biobank, um banco de dados que reúne informações genéticas e sobre estilo de vida e saúde de mais de meio milhão de pessoas no Reino Unido.

O médico Alfredo Maluf Neto, coordenador de psiquiatria no Hospital Israelita Albert Einstein, aponta que um estilo de vida saudável, com boas horas de sono, pouco consumo de álcool e uma dieta saudável, é um fator protetor do nosso sistema imune e metabólico. “A depressão é uma doença multifatorial. Existe uma correlação entre fatores ambientais, genéticos e psicológicos que levam ao surgimento da doença. O que o artigo traz de novo é propor que vários hábitos comportamentais ajudam na prevenção da doença mesmo que a pessoa tenha uma carga genética favorável ao desenvolvimento da depressão”, explica.

Fatores comportamentais

Dormir o suficiente, entre sete e nove horas por noite, foi o hábito que teve o maior impacto, reduzindo o risco de episódios depressivos únicos e depressão resistente a tratamentos em 22%. Já as conexões sociais frequentes reduziram o risco de depressão em 18% e foi o fator mais significativo na prevenção do transtorno depressivo recorrente.

O estudo considerou que não ser sedentário é um fator de proteção, independente da prática de atividade física escolhida. Fazer atividade física regularmente (pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana) reduziu o risco de depressão em 14% dos participantes. Os autores pontuam que interromper longos períodos sentado e passar tempo longe das telas são comportamentos que reduziram os riscos de depressão em 13%. O levantamento mostra ainda que não fumar reduziu o risco de depressão em 20%, o consumo moderado de álcool em 11% e aderir uma dieta saudável 6%.

Com base no número de fatores de estilo de vida saudável os quais o indivíduo adquiriu, eles foram atribuídos a um de três grupos: estilo de vida desfavorável, intermediário e favorável.

Os indivíduos do grupo intermediário tinham cerca de 41% menos probabilidade de desenvolver depressão em comparação com aqueles no grupo de estilo de vida desfavorável, enquanto aqueles no grupo de estilo de vida favorável tinham 57% menos probabilidade.

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