Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 25 de dezembro de 2024
Salgadinhos, macarrão instantâneo, refeições congeladas, biscoitos recheados e bebidas açucaradas: a conveniência dos alimentos ultraprocessados pode ter um preço alto para a saúde. Estudos recentes revelam que o consumo frequente desses produtos está fortemente associado a um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Pesquisadores da Universidade de Cambridge e do Imperial College London, em um estudo publicado na revista The Lancet Regional Health Europe, reforçam a importância de repensar o que colocamos no prato.
Os ultraprocessados passam por um extenso processo de industrialização, com adição de conservantes, corantes e aromatizantes artificiais. Esses ingredientes, aliados ao alto teor de açúcares, gorduras e sódio, podem desregular o metabolismo, aumentando o risco de doenças crônicas.
O estudo analisou os hábitos alimentares de 311.892 participantes ao longo do tempo. No período de acompanhamento, 14.236 pessoas foram diagnosticadas com diabetes tipo 2. Um dado alarmante foi observado: um aumento de 10% no consumo de ultraprocessados eleva em 17% o risco de desenvolver a doença.
Reduzir o risco
Substituir alimentos ultraprocessados por opções menos processadas pode ser um passo transformador. De acordo com a pesquisa, trocar 10% dos ultraprocessados por alimentos minimamente processados, como ovos e leite, reduz o risco de diabetes em 14%. Além disso, substituir 10% por alimentos processados (como queijos, peixes enlatados ou mesmo cerveja e vinho, com moderação) pode diminuir o risco em até 18%.
Embora os alimentos processados também passem por intervenções industriais, muitos deles mantêm nutrientes essenciais, o que explica o menor impacto sobre a saúde.
Não são iguais
Uma análise mais detalhada identificou que nem todos os ultraprocessados apresentam o mesmo nível de risco. Produtos como salgadinhos, carnes processadas, refeições prontas e bebidas açucaradas têm maior ligação com o aumento do diabetes tipo 2. Por outro lado, itens como pães, biscoitos, cereais matinais e até alguns alimentos à base de plantas foram associados a um risco menor.
A professora Rachel Batterham, uma das autoras do estudo, ressalta: “Nem todos os alimentos ultraprocessados oferecem os mesmos riscos à saúde. Nossa análise reforça a importância de entender as diferenças dentro dessa categoria.”
Conclusão: escolhas que fazem a diferença. Adotar uma alimentação equilibrada, rica em alimentos naturais e minimamente processados, é uma das estratégias mais eficazes para prevenir o diabetes tipo 2. Pequenas mudanças no cardápio podem gerar grandes impactos na saúde ao longo do tempo.
Portanto, o convite está feito: que tal repensar suas escolhas e dar prioridade ao que realmente nutre o corpo e promove a saúde?
Dezembro está aí, e com ele a temporada mais aguardada pelos brasileiros, repleta de comidas típicas. As mesas das ceias de Natal e Ano Novo costumam estar recheadas de pratos que fazem qualquer um salivar: chester, farofa, rabanada, salpicão, arroz com passas, além de deliciosos doces como panetone.
Com tanta variedade e sabor, é comum a preocupação de como manter a dieta e o controle alimentar durante essa época. As informações são do site Catraca Livre.