Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 21 de novembro de 2024
Dos 37 indiciados por participação no suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022, 25 são militares. Na lista, divulgada nessa quinta-feira (21) pela Polícia Federal (PF), estão generais do Exército e um almirante da Marinha.
— Veja lista de militares indiciados:
* Ailton Gonçalves Moraes Barros
Ex-candidato a deputado estadual pelo PL no Rio de Janeiro em 2022 e major reformado do Exército. Durante a campanha eleitoral de 2022, Barros se intitulava como o “01 de Jair Messias Bolsonaro”. Foi preso na operação que apurava as fraudes no cartão de vacinação do ex-presidente.
* Alexandre Castilho Bittencourt
É graduado em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e comandou o 6° Batalhão de Polícia do Exército até fevereiro de 2022. O coronel da ativa foi um dos militares que assinou carta que pressionava o comandante da Força em 2022 a realizar um golpe de Estado.
* Almir Garnier
Almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro. Foi um dos signatários da nota em defesa dos acampamentos em frente a quarteis do Exército depois da derrota de Bolsonaro nas eleições. Foi citado na delação premiada de Mauro Cid como tendo disposição para participar de um golpe de Estado.
* Anderson Lima de Moura
Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras e coronel da ativa. Assim como Alexandre Castilho Bittencourt, também foi um dos autores da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, que pedia por um golpe de Estado.
* Angelo Martins Denicoli
Major da reserva do Exército. Durante o governo Bolsonaro, foi nomeado diretor de monitoramento e avaliação do SUS, quando publicou informações falsas sobre o uso da hidroxicloroquina para covid. Foi alvo da operação Tempus Veritatis, que apurava uma suposta tentativa de golpe por parte de Bolsonaro e de seus aliados.
* Augusto Heleno
O general da reserva foi ministro do GSI de Bolsonaro. Foi capitão do Exército brasileiro durante a ditadura militar e já defendeu o golpe de 1964 publicamente. O grupo que organizava uma trama golpista pretendia criar um “gabinete de gestão de crise” comandado por Heleno.
* Corrêa Netto
Coronel preso na operação Tempus Veritatis, da PF. É acusado de integrar um grupo que incitava militares a aderirem a um plano de intervenção militar para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Obteve liberdade provisória depois de depor sobre um suposto plano de golpe de Estado e colaborar com a investigação.
* Carlos Giovani Delevati Pasini
Coronel da reserva. Também foi um dos militares responsável pela carta enviada ao comandante do Exército no final de 2022 que pedia por um golpe de Estado.
* Cleverson Ney
Coronel da reserva e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres. Também foi alvo da operação Tempus Veritatis.
* Estevam Theophilo
General e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres. Também cabia a ele o comando do Comando de Operações Especiais, conhecidos como “kids pretos”. O grupo foi alvo de uma nova operação da PF por um plano golpista que pretendia matar autoridades. O general foi alvo da operação Tempus Veritatis. É suspeito de oferecer tropas a Bolsonaro em apoio a um golpe de Estado.
* Fabrício Moreira de Bastos
Bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras. É coronel e foi adido do Exército em Tel Aviv, capital de Israel.
* Giancarlo Gomes Rodrigues
Subtenente do Exército. Foi alvo da operação da PF que investigou o caso da “Abin paralela”. É suspeito de ter monitorado o advogado Roberto Bertholdo sem autorização judicial.
* Guilherme Marques de Almeida
O tenente-coronel comandou o comando do 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia (GO). Foi alvo da operação Tempus Veritatis.
* Hélio Ferreira Lima
Tenente-coronel da ativa do Exército. Ele foi exonerado do cargo de comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus, em fevereiro de 2024, após ter sido alvo de uma operação da PF que apurou reuniões de teor golpista entre militares após a derrota de Bolsonaro na eleição.
* Jair Messias Bolsonaro
Ex-presidente da República e militar da reserva do Exército, o ex-chefe do Executivo tinha “pleno conhecimento” do plano golpista de matar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
* Láercio Vergílio
Coronel reformado do Exército, com posto de general-de-brigada. Foi um dos alvos da operação “Tempus Veritatis”, da Polícia Federal.
* Marcelo Costa Câmara
Coronel do Exército. Exerceu o cargo de assessor especial da Presidência da República, no gabinete pessoal de Jair Bolsonaro.
* Mário Fernandes
É general da reserva do Exército. Foi chefe substituto da Secretaria Geral da Presidência. Ele foi preso preventivamente, suspeito de arquitetar a morte de Lula, Alckmin e de Moraes.
* Mauro Cesar Barbosa Cid
É tenente-coronel do Exército. Foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
* Nilton Diniz Rodrigues
É general do Exército. Na época da suposta tentativa de golpe, era o comandante do 1º Batalhão de Forças Especiais e do Comando de Operações Especiais, unidades militares localizadas em Goiânia (GO).
* Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
É general da reserva. Comandou o Exército e foi ministro da Defesa na gestão de Jair Bolsonaro.
* Rafael Martins de Oliveira
Tenente-coronel da ativa do Exército, também fazia parte do grupo de “kids pretos”, após as eleições de 2022. Ele é investigado por ter pedido orientações quanto aos locais para realização das manifestações após a vitória de Lula.
* Ronald Ferreira de Araújo Junior
Também tenente-coronel do Exército é acusado de participar de discussões sobre minuta golpista.
* Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros
É tenente-coronel do Exército. Segundo a PF, ele integrava o “núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral”.
* Walter Souza Braga Netto
É general da reserva do Exército. Foi ministro da Defesa e chefe da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro, de quem foi candidato a vice-presidente nas últimas eleições.