Sábado, 28 de dezembro de 2024

Exercício cardio ajuda no ganho de massa muscular? Especialistas explicam

Um dos principais questionamentos em relação a ganho de massa muscular é a prática dos famosos exercícios cardio. Afinal, eles ajudam ou atrapalham nesse objetivo? Popularmente, os exercícios cardio e aeróbico podem ser confundidos, mas há uma diferença entre eles.

A nutricionista Ruth Egg, especialista em esportes e comportamento alimentar, explica que o primeiro refere-se às atividades que aumentam a frequência cardíaca. “O foco está na saúde cardiovascular e no fortalecimento do coração e dos pulmões, como corrida, ciclismo e natação, por exemplo”, conta.

Enquanto isso, o aeróbico trata-se de qualquer atividade que usa oxigênio na produção de energia. “Em resumo, enquanto todo exercício aeróbico é cardio, nem todo exercício cardio é estritamente aeróbico – como é o caso das atividades de alta intensidade e curta duração”, acrescenta.

Segundo a profissional, o cardio, assim como aeróbico, desempenha diversas funções cruciais no organismo. Entre elas, há destaque para:

  • saúde cardiovascular — que garante a melhora na eficiência do coração e pulmões;
  • resistência e energia — já que aumentam a capacidade aeróbica e resistência geral, além de fortalecerem músicos envolvidos na atividade contínua;
  • controle de peso — que visa o aumento na taxa metabólica basal e o auxílio na queima de calorias; e
  • melhora no humor — especialmente por liberar endorfinas, reduzindo os sintomas de estresse e ansiedade.

Rugg também acrescenta que, de forma geral, os exercícios cardio são mais eficazes para a queima de gordura do que para o ganho da massa muscular.

“No entanto, sua influência no ganho ou perda de massa depende de alguns fatores como dieta, tipo e intensidade do exercício e a combinação com treinamento de força”, conta.

Prática excessiva

Como toda prática física, o cardio também exige alguns cuidados extras, uma vez que a prática excessiva pode ocasionar:

  • Sobrecarga cardíaca;
  • Lesões musculoesqueléticas (maior risco de lesões por esforço repetitivo);
  • Perda de massa muscula (excesso pode levar ao catabolismo muscular, especialmente se não combinado com exercícios de força); e
  • Exaustão e burnout (pode levar a fadiga extrema e esgotamento).

O educador físico e consultor esportivo Leandro Twin reforça que a prática não é indicada para todos. “Pessoas com doenças cardíacas avançadas, insuficiência cardíaca ou arritmias não controladas, devem evitar os exercícios intensos até que sua condição esteja estabilizada e aprovada por um cardiologista”, conta.

Já aqueles que têm lesões agudas ou condições ortopédicas graves, como fraturas, rompimentos ou outras doenças articulares severas, também necessitam de supervisão médica e avaliação completa. As informações são da CNN.

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