Segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Expedição em homenagem a Charles Darwin vai passar em Fernando de Noronha

A expedição que remonta a viagem feita pelo naturalista Charles Darwin pelo mundo e que resultou na publicação do livro “Origem das Espécies” vai passar em Fernando de Noronha. O navio Oosterschelde tem previsão de chegar à ilha no dia 2 de outubro.

A informação foi divulgada por pesquisadores envolvidos nas ações que vão ser desenvolvidas em Fernando de Noronha e confirmada pela Administração da Ilha e pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio).

Evolução das Espécies

Em 27 de dezembro de 1831, Charles Darwin partiu da Inglaterra, a bordo do navio HMS Beagle, em uma viagem científica. Em cinco anos essa expedição passou, entre outros lugares, por Fernando de Noronha.

A viagem resultou no livro que apresentou a teoria da Evolução das Espécies, considerada a obra que redefiniu a ciência moderna.

Segundo os organizadores da expedição, o Projeto Darwin 200 é “uma viagem global pioneira de dois anos (2023-2025) de 40.000 milhas náuticas a bordo do histórico Oosterschelde”.

A pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Marina Sissini, que faz parte do Programa Ecológico de Longa Duração (PELD) , vai receber a expedição em Noronha.

“Essa expedição vai passar por todos os portos por onde Charles Darwin passou com o veleiro Beagle. Não são 200 anos dessa viagem, o objetivo é formar 200 jovens líderes conservacionistas”, falou Marina Sissini.

A pesquisadora informou que a expedição fez contato com o pessoal do PELD e do projeto Observadores da Natureza para o Desenvolvimento Ambiental das Ilhas Oceânicas Brasileiras (ONDA ILOC).

“Nós fomos selecionados para desenvolver um projeto com os ‘Darwin’s Líderes’. Vamos monitorar as colônias de corais para avaliar a saúde dos corais de Fernando de Noronha. Já fazemos essa atividade e vamos realizar esse trabalho com o chamado Darwin Líder”, declarou Marina Sissini.

Segundo a pesquisadora, o PELD e o ONDA ILOC vão selecionar um morador da ilha para participara das atividades.

Os estudiosos do Projeto Golfinho Rotador também vão participar os trabalhos em Noronha.

“Vamos receber a equipe e estudar como eram os golfinhos, na época que Charles Darwin passou por Fernando de Noronha, como estão agora e como serão no futuro”, disse o pesquisador do projeto, Rafael Pinheiro.

Desde 1990, o Projeto Golfinho Rotador realiza trabalho de monitoramento e conservação dos cetáceos em Fernando de Noronha, com apoio do Programa Petrobras Socioambiental.

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