Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 16 de janeiro de 2025
Mais de 70 pessoas morreram e pelo menos 200 ficaram feridas na Faixa de Gaza desde o anúncio do acordo entre Israel e o grupo terrorista Hamas por um cessar-fogo na guerra na região, informaram autoridades locais nesta quinta-feira (16).
Israel intensificou os ataques aéreos em Gaza horas após Catar e Estados Unidos anunciarem o acordo, na tarde de quarta-feira (15). O cessar-fogo prevê a libertação de dezenas de reféns e a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza. Os dois países, junto com o Egito, mediaram as negociações, que se arrastaram por meses.
Os bombardeios israelenses ocorrem porque, apesar de fechado, o cessar-fogo entrará em vigor apenas no domingo (19). Os ataques contrastam com o clima em Gaza, que é de euforia desde o anúncio oficial do acordo.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou nesta quinta o Hamas de não respeitar os termos do cessar-fogo e causar uma “crise de última hora” no acordo. O Hamas nega. Esse impasse pode atrasar a votação do texto pelo governo israelense e também a implementação.
Em linhas gerais, o acordo prevê o fim definitivo do conflito e a libertação de todos os reféns que ainda estão sob o poder do Hamas. Cerca de 100 pessoas que foram sequestradas pelo grupo terrorista em Israel, em outubro de 2023, continuam na Faixa de Gaza.
A primeira fase do acordo, que já está negociada, durará seis semanas e prevê a libertação de 33 reféns. Eles serão libertados aos poucos. Durante esse período, Israel se compromete a retirar parte das tropas da Faixa de Gaza e a soltar prisioneiros palestinos.
A segunda fase do cessar-fogo começará a ser negociada a partir do início de fevereiro, enquanto a primeira etapa ainda estiver em vigor. A partir daí, Israel e Hamas tratarão da libertação dos demais reféns que estão com o grupo terrorista, incluindo os corpos daqueles que morreram.
Já a terceira e última fase também depende de negociações. Segundo o plano, nessa etapa será acordada a reconstrução de Gaza, além de quem governará o território palestino.