Sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Faltam votos ao PT para convocar Campos Neto

O PT deve seguir fritando Roberto Campos Neto, mas a convocação do presidente do Banco Central ainda não tem votos para ser aprovada na Câmara. O requerimento de convocação, apresentado pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), não é consenso nem mesmo dentro do partido. Siglas da base governista também não endossam ideia, já que o próprio Campos Neto se dispôs a ir à Casa explicar o que quiserem.

Árdua missão
Para ser convocado, o requerimento precisa de aprovação da maioria dos deputados, o que dificilmente será conseguido pelo PT.

Tô fora
PSD, União Brasil e MDB, que de forma capenga ainda dão algum apoio ao governo na Câmara, pularam fora e sinalizaram rejeitar a convocação.

Falta apoio
A convocação também desagrada o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tido como “pai” do projeto que garante a autonomia do BC.

Água na fervura
A aprovação de um convite de Campos Neto, como o protocolado pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE), tem mais chances de prosperar.

Na hora do aperto, MST apelou ao capitalismo
Para agradar o atual presidente Lula (PT), movimentos sociais como o MST e MTST iniciaram protestos esta semana contra o Banco Central, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, além da taxa de juros, do Comitê de Política Monetária (Copom). Pura hipocrisia: MST e MTST estão entre os “mercadocratas” investidores. Em 2020, no governo Bolsonaro, o MST de esquerda se uniu a uma corretora de investimentos para lançar seu próprio produto financeiro na… Bolsa de Valores.

MST é agro?
O produto financeiro com o selo MST é um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), investimento de renda fixa dos mais procurados.

Livre mercado
A ideia do MST foi criar uma linha de financiamento para cooperativas e famílias agrícolas para ajudar a “amenizar os efeitos da pandemia”.

Poço de contradições
Obediente ao MST, o ex-senador petista Lindberg Farias, dono de ao menos cinco lotes em condomínios do Rio, uniu-se aos protestos.

BB dá banho
O lucro estupendo do Banco do Brasil, um recorde de R$ 31,8 bilhões, teve o significado de “cala-boca”. Botou os bancões privados no chinelo até na área de crédito a pessoas, a empresas e ao agro: R$ 1 trilhão.

Me engana, eu gosto
A menos que tenha construído em um mês as 2.750 unidades residenciais populares que entregou ontem em Santo Amaro (BA), Lula mentiu ao afirmar que houve “desmonte” o programa habitacional.

A conta é nossa
Soou como “pagamento de promessa” de Rodrigo Pacheco, às nossas custas, o aumento salarial dos senadores para R$ 46 mil e para até R$ 47 mil a verba para ressarcir quaisquer despesas de suas excelências.

Gatos pingados
A meia dúzia de pelegos na porta do Banco Central que pediam a saída de Roberto Campos Neto, ontem (14), mal foi notada pela direção. O movimento, mais do que previsto, foi organizado pela CUT, ligada ao PT.

Ministro de piranha
Governistas mapearam “solução” para o caso de Campos Neto ser convocado pela Câmara para expor falhas do governo petista: convocar Fernando Haddad, da Fazenda, para explicar (e sofrer consequências).

E aí, pode?
Foi André Ceciliano (PT), futuro secretário de Assuntos Federativos de Lula, o deputado enrolado no maior valor no escândalo das rachadinhas na Alerj, que atingiu Flávio Bolsonaro (PL). O deputado Kim Kataguiri (União-SP) provocou: “E aí, petistas, rachadinha do PT pode, né?”.

Cara nova no CNJ
Mansour Elias Karmouche assumiu nesta terça (14) assento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ex-presidente da OAB-MS, ele foi um crítico da gestão de triste memória de Felipe Santa Cruz na OAB nacional.

Lupa
O “Minha Casa, Minha Vida”, relançado por Lula ontem, já tem a desconfiança no Senado. Damares Alves (PL-DF) enviou ao governo federal um pedido de esclarecimentos, como o cronograma das obras.

Pensando bem…
…a boa notícia é que o Banco Central, pelo menos, não vai sobrar para Dilma.

PODER SEM PUDOR

O Papa e o amigo senador
Paraibano de Pombal, Rui Carneiro era candidato a senador pelo PSD, em 1955, enfrentando a UDN. Reza a lenda que após uma viagem à Europa, ele iniciou sua campanha vitoriosa contando uma história de impacto, num comício: “Paraibanos, estive em Roma com o Papa. Ele me disse: ‘Rui, se destruírem meu trono aqui no Vaticano, sei que tenho um amigo lá na Paraíba. Vá, dê lembranças à comadre Alice e diga ao povo que estou com você.”

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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Hermanos, aqui vamos!
Cai, cai, balão, cai, cai, balão, aqui na minha mão 
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