Terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Foguete da SpaceX que explodiu após decolar causou sérios danos à base do Texas

O poderoso foguete Starship, da fabricante de veículos espaciais SpaceX, deixou sérios danos à base do qual foi lançado no Estado do Texas, nos Estados Unidos, no dia 20 de abril. O primeiro voo teste da nave mais poderosa já construída na História explodiu crateras no solo, pedaços de concreto e torceu folhas de metal no local. A reparação dos estragos do primeiro lançamento deve levar meses e pode atrasar novas tentativas.

A agência espacial norte-americana, a Nasa, planeja usar a espaçonave em suas próximas missões lunares e até mesmo a Marte. Antes do teste da semana passada, o dono da SpaceX, Elon Musk, havia dito antes que apenas colocar a Starship no ar sem destruir sua plataforma de lançamento seria “uma vitória”. Felizmente para Musk, o foguete de 120 metros de altura decolou com sucesso, subindo por cerca de quatro minutos até cair e explodir, na região sobre o Golfo do México.

Apesar disso, os engenheiros da SpaceX podem ter subestimado o dano que os 33 motores de foguete de primeiro estágio da Starship causariam. Alguns dias depois, o cenário ao redor da plataforma de lançamento é de desolação. Durante a decolagem, o vídeo da SpaceX mostrou uma chuva de detritos sendo lançada até o Golfo do México, a mais de 420 metros de distância.

De acordo com a imprensa local, uma nuvem de poeira pairava sobre uma pequena cidade a vários quilômetros de distância. Fotos do local de lançamento mostram a gigantesca torre de lançamento ainda de pé enquanto o suporte do foguete, que segurava a nave estelar antes da decolagem, danificado, mas ainda intacto. Abaixo dela, no entanto, há uma enorme cratera, mostraram imagens postadas nas redes sociais.

“A força dos motores quando eles aceleraram pode ter quebrado o concreto, em vez de simplesmente erodi-lo”, admitiu Musk em sua conta no Twitter, no sábado (22) no Twitter.

Atraso de meses

Olivier de Weck, professor de astronáutica e engenharia do Massachusetts Institute of Technology (MIT), acredita que “o raio de detritos e perturbações foi provavelmente maior do que se esperava”. “O principal dano na plataforma de lançamento está embaixo, onde as chamas atingem o solo”, destaca o especialista, acrescentando que o reparo da cratera “levará vários meses”.

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