Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 12 de março de 2022
Funcionários da Pixar fizeram uma denúncia contra os executivos da Disney, alegando a ordem de corte de quase todas as cenas de afeto gay que apareceriam em seus filmes. As demandas teriam acontecido ao longo dos últimos anos tanto para a liderança da companhia, quanto para as equipes de criação.
A denúncia foi feita em carta escrita pelos funcionários e seus apoiadores. O documento foi obtida pela Variety e teria sido uma reação à nova legislação aprovada no Estado norte-americano da Flórida. O projeto “Don’t Say Gay” (“não diga gay” na tradução livre) proíbe qualquer discussão sobre orientação sexual nas salas de aula e contou com o apoio financeiro da Disney.
Reações
O documento diz que os funcionários da Pixar já testemunharam diversas histórias bonitas serem “reduzidas às migalhas” quando voltaram dos superiores da Disney. “Mesmo que a criação de conteúdo LGBTQIA+ fosse a resposta para consertar as leis discriminatórias no mundo, estamos sendo impedidos de fazer isso”, diz a carta.
Na última quarta-feira (9), Bob Chapek, CEO da Disney, afirmou publicamente que faria uma doação de US$ 5 milhões à organização Human Rights Campaign (HRC), grupo que defende os direitos civis LGBTQIA+ nos Estados Unidos. No entanto, o apoio milionário foi recusado pela entidade em forma de protesto.
“O Human Rights Campaign não vai aceitar esse dinheiro da Disney até que eles criem um compromisso com o público e trabalhem com os ativistas LGBTQIA+ para garantir que essas propostas perigosas, como o Don’t Say Gay ou Trans Bill, não se tornem leis”, diz o movimento em nota oficial.
O HRC também encoraja todos os funcionários da Disney a lutarem por aqueles que se manifestaram contra as decisões políticas que ferem os direitos LGBTQIA+.
Além disso, os funcionários exigem que a Disney cancele as doações feitas para o projeto “Don’t Say Gay” e se posicione publicamente contra outros projetos de lei discriminatórios.