Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 11 de outubro de 2024
Mais de 2 milhões de lares continuavam sem energia nessa sexta-feira (11) após a passagem do furacão Milton, que deixou ao menos 16 mortos e um rastro de destruição em alguns condados da Flórida, cujos danos foram estimados em U$ 50 bilhões, segundo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. De acordo com o portal especializado poweroutage.us, que rastreia dados do serviço público, quase 2,2 milhões de casas prosseguiam sem luz elétrica.
Mais cedo, eram quase 2,5 milhões de lares, com a maior parte (88%) no condado de Highlands, na Flórida central, embora Hardee e Hillsborough (70%), que abriga a cidade de Tampa, também concentrassem números altos de residências sem energia.
“Os especialistas estimam… que ele [o furacão Milton] causou danos de cerca de US$ 50 bilhões (R$ 281 bilhões na cotação atual)”, afirmou o presidente americano a repórteres após uma coletiva sobre resposta ao furacão na Casa Branca.
A Casa Branca anunciou nessa sexta que o presidente visitará no domingo as áreas da Flórida atingidas pelo furacão.
Na quinta-feira, o dia seguinte à chegada de Milton no Estado, mais de 3 milhões de pessoas estavam sem eletricidade – além da destruição de casas e construções, e de ter derrubado árvores, as tempestades também afetaram algumas linhas de energia. As autoridades estavam trabalhando para consertá-las e, em alguns lugares, geradores estavam sendo usados como alternativa paliativa, informou o Times.
Até essa sexta, ao menos 16 pessoas haviam morrido e mais de 990 pessoas tinham sido resgatadas desde que o furacão tocou o solo. A última vítima foi um homem na faixa dos 60 anos, que morreu ao pisar em um cabo de energia caído no chão, na quinta-feira. À CNN, o Gabinete do xerife do condado de Orange informou que a vítima pisou no fio enquanto limpava os destroços do furacão.
Devido à falta de energia, dois terços dos semáforos de Tampa estavam inativos, informou a prefeita Jae Castor, pedindo mais atenção ao trânsito também devido aos bolsões d’água.
Milton também “causou inundações em lugares como Daytona Beach e Saint Augustine” na costa leste da península, acrescentou o governador, mas também no coração da Flórida, como Orlando, onde os parques temáticos, incluindo os da Disney World, fecharam por precaução.
Nessa sexta-feira, os moradores da Flórida estavam retornando para casa para dar início à restauração após a passagem de Milton. Para além da falta de energia, o Estado ainda enfrentava inundações e outros problemas causados por uma tempestade mais branda do que o esperado. Ainda assim, o furacão devastou a região central do Estado de leste a oeste, provocando enchentes e tornados mortais duas semanas após a passagem do furacão Helene, que deixou mais de 230 mortos, 15 deles na Flórida.
O Milton tocou o solo da Flórida como um furacão de categoria 3 – com ventos de 193 km/h – mas já provocava fortes chuvas e uma onda de tornados antes de chegar ao continente. O furacão foi rebaixado para a categoria 1, com ventos de 138 km/h, no começo da manhã de quinta-feira. Mais tarde, foi rebaixado à categoria de ciclone pós-tropical.
Terceiro Estado mais populoso do país e um ímã para turistas, a Flórida está acostumada a furacões. Mas a mudança climática, ao aquecer a água dos mares, está fazendo com que eles se intensifiquem rapidamente, aumentando o risco de eventos mais fortes, dizem os cientistas. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.