Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 8 de fevereiro de 2023
Principal líder do setor rural no Estado, o presidente da Farsul, a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Gedeão Pereira em meio aos acirrados debates dos ambientalistas, usa uma expressão particular para referir-se ao produtor gaúcho: “Eu diria que, se existe alguém que pode ser chamado de fundamentalista ambiental este é o produtor rural, porque o produtor rural, em especial no Rio Grande do Sul, é o que mais protege o meio ambiente. E por uma simples razão: se não tiver meio ambiente protegido, ele não tem produção”. Gedeão conversou com o colunista na última segunda-feira, durante o lançamento da 23ª Expodireto em Porto Alegre. Médico veterinário e produtor rural, ele fez a defesa veemente dos produtores ao afirmar que “nosso produtor não é um ambientalista de gabinete, e essa é a diferença. Nós estamos lá no campo promovendo a agricultura, promovendo sustentabilidade, até com uma atividade fantástica que é o plantio direto, que protege o solo. Hoje o produtor está protegendo o solo, a variedade de culturas que colocamos em cima desse solo, e ainda protegendo. Basta dar uma volta pelo estado do Rio Grande do Sul, que nós não vemos nenhuma agressão ambiental”. O dirigente da Farsul alerta que “não podemos mais adiar o enfrentamento da estiagem: o governador já mencionou isso no seu governo passado e o debate começou lá com o governador Sartori, porque a seca no Rio Grande do Sul não é novidade climática”.
Gedeão lembra a grande seca de 1942
O presidente da Farsul lembra que “eu sempre cito que nasci ouvindo meu pai falar da grande seca de 1942. Portanto, seca no Rio Grande do Sul é recorrente, tivemos e iremos ter no futuro. Agora, hoje nós temos tecnologia para minimizar o impacto das secas. Estas formas são irrigação com as várias tecnologias disponíveis. Mas para isso, precisamos armazenar água, e aí vem a discussão: como armazenar água? E a infinidade de açudes que existem no Rio Grande do Sul foram feitos lá no século passado, nos anos 60,70,80, junto com mananciais hídricos construídos quando não tínhamos a legislação ambiental restritiva oriunda deste debate mal colocado através dos ambientalistas xiitas que hoje permitem que cometamos o crime de não reter a água”. Segundo Gedeão Pereira, “no Rio Grande do Sul chove bem, só não chove regularmente porque nós temos épocas de excessiva chuva, quando podemos armazenar água, e épocas de escassez, como estamos vivendo agora. É uma questão de adaptarmos as tecnologias, adaptarmos a legislação ambiental para que possamos aumentar o nível de irrigação no Rio Grande do Sul, e estas questões são diferentes na metade Norte e na metade Sul do Rio Grande do Sul”.
Senador Macos Do Val pega pesado e libera conversas com o ministro Alexandre de Moraes
O senador Marcos Do Val divulgou cópias dos prints, demonstrando que ele trocava ideias com Alexandre de Moraes e combinava algumas ações legislativas com apoio do ministro do STF. Uma sequência de prints revelando conversas nada republicanas mostra a intimidade do senador com o ministro, dialogando sobre legislação, projetos de lei, e inclusive intermediando audiências no STF. O fato, gravíssimo, deveria imediatamente tornar o ministro Alexandre de Moraes suspeito para a condução de vários inquéritos. O senador promete liberar mais prints de conversas com o ministro.
Agora, Lula usa Lei do Sigilo para censurar imagens das manifestações
A condenação da Lei do Sigilo foi motivo de muitas bravatas do então candidato Lula. Após o surgimento de imagens comprometedoras denunciando a presença de ativistas de esquerda infiltrados nas manifestações de 8 de janeiro, o governo Lula decidiu aplicar a Lei do Sigilo e proibir a divulgação de imagens das câmeras do Palácio do Planalto. O conteúdo das câmeras foi solicitado pelo jornal Folha de S.Paulo via Lei de Acesso à Informação. Ao negar acesso às imagens, o Gabinete de Segurança Institucional da presidência, afirmou não ser “razoável” divulgar informações que exponham métodos, equipamentos, procedimentos operacionais e recursos humanos da segurança presidencial.
Stédile no comando da Fase
O ex-deputado federal José Stédile, do PSB, tomou posse na presidência da antiga Febem, agora Fase, Fundação de Atendimento Socioeducativo. Stédile foi prefeito de Cachoeirinha, quando implantou um programa de recuperação de dependentes de drogas, que serviu de modelo para outros municípios do País.
Uma imprensa que esconde os fatos
A imprensa e as instituições outrora vigilantes, desapareceram de cena. Um exemplo está no pouco destaque dado à iniciativa do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que acionou o Supremo Tribunal Federal contra o ministro Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional, que foi escolhido pelo presidente Lula. Deltan, por ofício, solicita a retomada do julgamento de habeas corpus que suspendeu uma condenação de Góes.
O que aconteceu com o ministro de Lula? Em 2019, Waldez de Góes foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça a mais de seis anos de prisão por desviar dinheiro de empréstimos consignados de servidores públicos do Amapá a fim de pagar as despesas do governo. Os servidores foram inseridos nas listas de devedores, e o governo foi obrigado a arcar com multas, juros e honorários que, segundo o deputado, ultrapassam R$ 6 milhões. A grande imprensa noticiou isso?