Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

General Braga Netto completa 40 dias preso em cela adaptada e sem depor à Polícia Federal

O general Walter Braga Netto completou mais de 40 dias preso preventivamente sem ter deposto à Polícia Federal (PF). Detido em 14 de dezembro de 2024 por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Braga Netto se tornou o primeiro general de quatro estrelas a ser preso na história do País.

Braga Netto é general do Exército e foi ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro. Em 2022, concorreu como vice na chapa do ex-presidente.

A prisão preventiva foi decretada após investigações que envolvem várias autoridades. Braga Netto, que já ocupou cargos importantes no governo, agora enfrenta um processo que tem gerado grande atenção pública e política.

Durante esses 40 dias, a defesa de Braga Netto tem trabalhado para esclarecer os pontos da investigação, mas até o momento, ele não foi ouvido pela Polícia Federal (PF). A demora no depoimento tem sido objeto de discussão, com alguns questionando a necessidade de uma prisão preventiva por tanto tempo sem que o acusado tenha tido a chance de se defender formalmente.

A situação de Braga Netto é observada com atenção por várias esferas do poder, dado o seu perfil e a gravidade das acusações. A prisão preventiva é uma medida excepcional e geralmente é aplicada quando há risco de fuga ou de interferência na investigação. Enquanto a investigação continua, a comunidade política e jurídica aguarda o desfecho do caso, que pode ter implicações significativas para a justiça e a política no País.

A PF enviou ao Supremo uma manifestação na qual defende que os bens do general da reserva Walter Braga Netto, não sejam devolvidos.

“Em cumprimento à determinação exarada por Vossa Excelência, considerando que o indiciado está sendo investigado no contexto dos fatos apurados, a Polícia Federal entende necessária a manutenção da custódia dos referidos bens apreendidos, para fins de eventual confronto e realização de nova extração pericial”, disse a PF.

De acordo com a Polícia Federal, Braga Netto tinha conhecimento e aprovou os planos articulados para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Conforme as investigações, um grupo de militares teria se reunido na casa de Braga Netto, em novembro de 2022, para “apresentar o planejamento das ações clandestinas com o objetivo de dar suporte às medidas necessárias para tentar impedir a posse do governo eleito e restringir o exercício do Poder Judiciário”. Uma dessas medidas seria o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

 

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