Por Redação Rádio Pampa | 9 de julho de 2024
Giulia Costa, de 24 anos, compartilhou um vídeo, nessa terça-feira (9), com algumas reflexões sobre a relação dela com o próprio corpo. A atriz e assistente de direção disse que agora está em uma fase ótima de vida, mas o corpo dela não está no melhor momento, segundo a visão da maior parte da sociedade. Porém, quando era mais magra, vivenciava diversas situações complicadas.
“A minha relação com corpo, alimentação, exercício físico, é bem conturbada”, começou a filha de Flávia Alessandra. Giulia também disse que está se tratando e começou a pensar mais sobre esse assunto recentemente, mas já mudou a maneira como encara algumas questões.
“É muito doido, porque hoje em dia estou disparado na minha melhor fase de vida num geral”, disse ela, que tem trabalhado com o que sempre sonhou e está morando sozinha em um bom apartamento. “Estou muito realizada nesse sentido, mas estou na minha pior fase com o meu corpo, para o que a sociedade considera, e talvez eu comigo mesma também, porque ainda estou tentando me desconstruir dessa ideia de corpo ideal e corpo perfeito.”
“Quando vejo minha melhor fase de corpo, o que a sociedade considera como corpos ideais, quando estava mais magra, foi uma das minhas piores fases de vida. Estava em um relacionamento superabusivo, a manutenção dessa magreza que não é natural para mim era muito dura. Ficava horas em jejum para conseguir manter isso, tinha teto preto direto, estava com uma super-restrição, então tinha compulsão, porque a restrição leva à compulsão, não estava em um momento de equilíbrio. Quando estava nesses momentos de compulsão, tinha vários episódios de bulimia”, relembrou.
“Estava supermagra, todo mundo me elogiava. É muito doido, porque, eu bem do jeito que estou, as pessoas não me elogiam. Agora, devido aos tratamentos, estou buscando o equilíbrio. Tenho muitos privilégios e estou contando com a ajuda de psicólogos, psiquiatras, médicos”, completou Giulia.
A assistente de direção ainda analisou que a pressão estética é maior em cima de mulheres. “A mulher não pode envelhecer, não pode ter uma coisinha fora do lugar. Então, não deixa de ser uma forma de controle social sobre nós, mulheres.”
Entre as mudanças de vida que adotou, Giulia ressaltou a forma como encara as atividades físicas. A atriz contou que tem tentado parar de ver os exercícios como uma forma de punição e busca enxergá-los como algo que faz bem ao corpo e à saúde dela.
Por fim, ela ainda aconselhou seguidores que enfrentem o mesmo tipo de questões com o corpo e com distúrbios alimentares a procurem ajuda, como na Associação Brasileira de Transtornos Alimentares (Astral), que tem grupos de apoio ao redor do país.
