Sábado, 11 de janeiro de 2025

Golpistas aproveitam fake news sobre taxação do Pix para saquear vítimas

Você já deve ter visto na internet alguma publicação sobre suposta nova taxação do Pix no Brasil. Trata-se de uma fake news, já desmentida em vídeo pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O imposto não existe, nem é planejado pelo governo federal. Mas, além de prejudicar o debate político, a invenção tem impacto real: é utilizada por golpistas para saquear vítimas.

Segundo a Receita Federal, os golpistas alegam que há uma cobrança de taxas sobre transações via PIX em valores acima de R$ 5 mil e avisam que, se o pagamento do imposto não for feito, o CPF do contribuinte será bloqueado. No entanto, nada disso é verdade.

Para tornar a fraude mais convincente, os criminosos utilizam o nome, as cores e os símbolos oficiais da Receita Federal. Há sites fraudulentos que chegam a contar com vídeo, criado por Inteligência Artificial, no qual figuras de jornalistas e políticos aparecem anunciando a criação do imposto.

A Receita Federal esclarece, no entanto, que “não existe tributação sobre Pix, e nunca vai existir, até porque a Constituição não autoriza imposto sobre movimentação financeira”.

O que mudou

Há, na verdade, uma atualização no sistema de acompanhamento financeiro, para incluir novos meios de pagamento na declaração prestada por instituições financeiras e de pagamento.

Em 1º de janeiro, entraram em vigor as novas regras da Receita Federal para a fiscalização de transferências financeiras. A principal mudança foi a extensão do monitoramento de transações financeiras às transferências Pix que somam pelo menos R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.

No entanto, uma onda de notícias falsas nas redes sociais provocou desinformação, ao indicar que o reforço na fiscalização, que já é feita sobre os bancos comerciais e cooperativas de crédito, significaria a taxação do Pix. Cabe reforçar que a nova norma não significa aumento de tributação e pretende apenas melhorar o gerenciamento de riscos para a administração tributária.

Como se proteger

• Desconfie de mensagens suspeitas – Não forneça informações pessoais em resposta a e-mails ou mensagens de origem desconhecida que solicitem dados financeiros ou pessoais.
• Evite clicar em links desconhecidos – Links suspeitos podem direcionar você a sites fraudulentos ou instalar programas prejudiciais no seu dispositivo.
• Não abra arquivos anexos – Anexos em mensagens fraudulentas geralmente contêm programas executáveis que podem roubar suas informações ou causar danos ao computador.
• Verifique a autenticidade – A Receita Federal utiliza exclusivamente o Portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte) e o site oficial como canais seguros de comunicação.

Lembre-se: antes de compartilhar qualquer mensagem…

Verifique a fonte – Mensagens com informações alarmantes ou urgentes geralmente são falsas. Consulte sempre o site oficial da Receita Federal ou outros canais confiáveis;

Questione o conteúdo – Desconfie de mensagens com erros de português, textos muito sensacionalistas ou promessas milagrosas;

Não acredite em mensagens não oficiais – A Receita Federal não envia cobranças ou comunicados por WhatsApp, SMS ou redes sociais. Sempre confirme diretamente pelos canais oficiais;

Converse sobre o tema – Oriente familiares e amigos a sempre verificarem informações antes de repassá-las. O combate às Fake News começa com cada um de nós.

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