Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 27 de março de 2020
O governo federal anunciou nesta sexta-feira (27) uma linha de crédito emergencial para pequenas e médias empresas e que vai financiar os salários dos trabalhadores pelo período de dois meses.
Divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o programa vai disponibilizar até R$ 20 bilhões por mês, ou seja, R$ 40 bilhões em dois meses. De acordo com Campos Neto, o dinheiro vai financiar, no máximo, dois salários mínimos por trabalhador.
Isso significa que quem já tem salário de até dois salários mínimos continuará a ter o mesmo rendimento. Entretanto, para os funcionários que ganham acima de dois salários, o financiamento ficará limitado a apenas essa quantia. No caso de um trabalhador que ganhe, por exemplo, R$ 5 mil por mês, vai ficar a critério da empresa complementar o valor acima do limite estabelecido para o financiamento.
Ainda de acordo com o presidente do BC, o financiamento estará disponível para empresas com faturamento de R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano; o dinheiro será exclusivo para a folha de pagamento; a empresa terá 36 meses de carência e 36 meses para pagar o empréstimo; e os juros serão de 3,75% ao ano, com spread bancário zero.
Além disso, as empresas que contratarem essa linha de crédito não poderão demitir funcionários pelo período de dois meses. “O dinheiro vai direto para a folha de pagamento. A empresa fecha o contrato com o banco, mas o dinheiro vai direto para o funcionário, cai direto no CPF do funcionário. A empresa fica só com a dívida”, disse Campos Neto.
De acordo com o presidente do BC, a previsão é de que sejam beneficiadas pela medida 1,4 milhão de pequenas e médias empresas do País, em um total de 12,2 milhões de pessoas.
Participação de bancos privados
A operação do programa será feita em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e bancos privados.
De acordo com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, do total de R$ 40 bilhões que serão ofertados, 75% virão do Tesouro Nacional e outros R$ 15% de bancos privados, que também serão os responsáveis por assinar os contratos com as empresas e repassar o dinheiro do financiamento direto para as contas dos trabalhadores.