Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Governo gaúcho abre temporada de leilões para novas praças de pedágio

Começa esta semana, mais exatamente na próxima quarta-feira, na bolsa de valores B3 em São Paulo, o primeiro dos três leilões previstos para conceder à iniciativa privada blocos rodoviários que somam 1.131 quilômetros no Rio Grande do Sul.

Nesta primeira fase, irão a leilão 271,54 quilômetros do bloco 3, que inclui rodovias da Serra Gaúcha e Vale do Caí, entre elas as RS-122 e RS-453. O governo gaúcho quer usar esse leilão como balão de ensaio para identificar a eventual necessidade de mudanças nos editais para o lançamento dos dois polos restantes nas próximas semanas: o bloco 1, com rodovias da Região Metropolitana, Litoral Norte e região das Hortênsias, e o bloco 2, com estradas do Vale do Taquari e Norte gaúcho.

O pacote completo prevê investimentos de R$ 11,1 bilhões ao longo de 30 anos e 22 praças de pedágio.

No legislativo, Tiago Simon critica concessões

Embora pertença ao mesmo partido do Secretário de Transportes, Juvir Costella, que coordenou toda a modelagem do projeto de concessões, o lider do MDB, Tiago Simon, promoveu vários debates na Assembléia Legislativa para alterar alguns pontos da proposta. Simon critica a pressa, e o fato de que “ao todo serão 27 praças no Rio Grande do Sul que vão arrecadar em torno de R$ 50 bilhões com preços extremamente elevados nas tarifas, muitas delas na faixa dos R$ 10,00”.

Segundo ele, “todos sabem da importância da melhoria das rodovias do Estado, já que infraestrutura é um fator de competitividade econômica e de proteção de vidas. No entanto, temos discutido amplamente com sociedade e com o governo, mostrando que no atual projeto concessões de rodovias faltam funcionalidades modernas, como free flow, que permite pagar sobre o trecho rodado, garantindo justiça tarifária”.

Ele citou o caso da RS 118 e criticou o pedágio urbano na região Metropolitana da Porto Alegre: “O cidadão vai acordar para trabalhar e vai pagar pedágio, isso não existe”. Mencionou que várias instituições manifestaram contrariedade, como a Grampal (Associação dos Municipios da Grande Porto Alegre) e outras do Estado.

Denúncias de propina paga por concessionária

A campanha pré-eleitoral em São Paulo foi agitada pelo ressurgimento da delação premiada feita por representante da concessionária Ecovias que atinge políticos de grandes partidos, como PSDB, PT e União Brasil. As acusações envolvem a concessão responsável pelas rodovias Anchieta e Imigrantes, ligações da capital do Estado com o litoral Sul e que abrigam as praças de pedágios com a tarifa individual mais alta do estado: R$ 30,20 para carros.

O conteúdo da delação da concessionária ao Ministério Público Estadual relata pagamento de propina e caixa dois para políticos paulistas em 1999 e 2014, o que inclui governos de Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB.

Acredite: PT no Senado lança movimento de combate à corrupção

No país da piada pronta, o perfil do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado publicou uma campanha contra a corrupção em suas redes sociais. Na postagem, a bancada do PT no Senado publicou uma imagem com montagem com senadores do partido e a mensagem “PT no Senado, combate à corrupção. Todos os senadores do PT assinaram o pedido de abertura da CPI do MEC”.

Leis Rouanet e Aldir Blanc chegam a todos os artistas

Alvo da ira de figurões do mundo artístico, o presidente Jair Bolsonaro vem sendo criticado por acabar com a mamata criada pela Lei Rouanet. As mudanças nas leis Rouanet e Aldir Blanc privilegiam novos artistas, apoio a profissionais atingidos pela pandemia, e investimentos em espaços culturais:

“Mudanças da Lei Rouanet: máximo de R$ 3 mil para o pagamento de artistas solo, incentivos ao patrocínio de novos projetos e teto para o aluguel de espaços com quebra de monopólios, descentralização dos recursos e mais investimentos para artistas que precisam de verdade. Sendo assim, pelo menos dezenas de milhares de empregos diretos e indiretos foram preservados. Ainda no âmbito cultural, a Lei Aldir Blanc garantiu R$ 3 BILHÕES à estados e municípios visando a manutenção de espaços culturais e o pagamento de renda emergencial a trabalhadores.”

Caciques do MDB querem barrar Simone Tebet

Impressionados com a falta de prestígio da senadora Simone Tebet (MS) em seus próprio Estado, onde não teria qualquer chance de reeleição ao Senado, caciques do MDB preparam uma operação para barrar a candidatura à presidência da Republica. Os caciques projetam que ela poderá fazer menos votos que Henrique Meirelles em 2018 (1,2%). Caso ela não desista até o final de maio, o partido planeja derrubar a pré-candidatura na convenção nacional, no início do segundo semestre.

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