Domingo, 22 de dezembro de 2024

Haddad cria “lei da mordaça” na própria assessoria

Fernando Haddad baixou portaria estabelecendo uma “lei da mordaça” na própria assessoria da comunicação do Ministério da Fazenda, como se não houvesse relação de confiança com os profissionais que a integram. A portaria nº 811 os proíbe de falar sobre temas de “fora de sua área de competência”, apesar de não ter havido qualquer episódio que justifique a medida e de serem servidores discretos, que até fogem da imprensa. A medida abrange jornalismo, comunicação, marketing etc.

Cale a boca, jornalista
A censura inclui proibição de comentários sobre “a honorabilidade e o desempenho de outras autoridades”, como se assessores fizessem isso.

Nada de vazamentos
A portaria da “mordaça” também proíbe assessores de tratarem de “mérito de questões ainda não decididas” pelas “instâncias superiores”.

Agressividade inútil
A agressiva portaria é também desnecessária: assessores têm cargos de confiança; se não a merecerem, podem ser demitidos a qualquer tempo.

Censura integrada
A portaria vem sendo mantida fora da mídia desde sua edição, no fim de maio, apesar de estabelecer curiosa “política de comunicação integrada”.

Decidiu importar arroz quem não estudou tabuada
Uma simples conta derruba o argumento de Lula (PT) para sua decisão suspeitíssima, afinal anulada, de importar arroz: ele alegou “combate à pressão do mercado”. Lorota. Segundo Carlos Fernandes, ex-secretário executivo de Segurança Alimentar Nutricional e Abastecimento de São Paulo, com a importação, o custo do pacote de 5kg de arroz sairia por R$ 36,85, valor superior à média nas prateleiras das grandes redes (R$ 33). Falta lógica e sobram suspeitas de corrupção na decisão de importar.

Dois mais dois
A saca de 50kg de arroz valia R$116 em 22 de novembro passado e caiu para R$ 105 em meados de abril deste ano.

Leis do mercado
Em maio, com a tragédia do Rio Grande do Sul, subiu para R$116, mas, em junho, com a entrada do arroz sequeiro, caiu para R$ 113,48.

Apoio ao plantio
Para Fernandes, o governo deveria usar os R$7,2 bilhões da importação no apoio ao plantio da safra 2024-2025, sobretudo no Rio Grande do Sul.

2024 acabou
Parlamentares federais foram avisados: terça (18) e quarta (19) serão dias de “esforço concentrado” para agilizar votações, incluindo comissões. Depois, é só vazar: recesso, festejos de São João e eleições.

Tem de sobra
Dados da Conab desmascaram o próprio governo que insiste na compra de arroz importado, aumentando as suspeitas de corrupção. A colheita da safra do cereal 2023/2024 somou 10,4 milhões de toneladas, recorde. São 3,6% acima do colhido no último ciclo (22/23).

Cardápio petista
O PT da Bahia já reservou duas disputadas vagas para o ex-governador e atual ministro Rui Costa (Casa Civil) em 2026: voltar ao governo ou disputar o Senado. Haddad adorou: nada sobre disputar o Planalto.

Pá de cal
Almoço de Ricardo Nunes (MDB), Tarcísio de Freitas (Rep) e Jair Bolsonaro (PL) foi um banho de água fria em Pablo Marçal (PRTB), que sonhava atrair o PL para chapa na disputa pela prefeitura de São Paulo.

CNJ e TST
Senadores sabatinam nesta quarta (19) Campbell Marques, aspirante a corregedor nacional de Justiça no Conselho Nacional de Justiça, e Matos Gonçalves, indicado para ministro do Tribunal Superior do Trabalho.

Tudo caro
Não está doce a conta para quem vai fazer quitutes juninos neste ano. O preço dos ingredientes e insumos aumentaram, em média, 5,74%, aponta o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas.

A ver
O Paraná Pesquisas deve divulgar esta semana os resultados do levantamento em Belém (PA), onde o prefeito e pré-candidato à reeleição Edmilson Rodrigues (Psol) tem sofrido nas pesquisas de opinião.

Apocalipse ‘resolvido’
Boa parte do esforço concentrado no Congresso, em especial no Senado, vai ter como prioridade novas “soluções”, disse o líder de Lula, Jaques Wagner (PT-BA), para a MP do Fim do Mundo.

Pensando bem…
…Lula deve estar celebrando o fim do ano legislativo de 2024: ao menos seu governo não corre o risco de novas derrotas no Congresso.

PODER SEM PUDOR
Criatividade no palanque
Como todo político, Adhemar de Barros também confundia os nomes das cidades, depois de percorrer várias delas em um mesmo dia, durante campanha eleitoral. Mas sempre se saía bem. Certa vez, candidato a governador, num comício em Batatais, ele trocou as bolas ao saudar a plateia: “Povo de Bebedouro!…” Um assessor sussurrou o equívoco no seu ouvido, mas Adhemar seguiu adiante: “Eu sei que estou em Batatais. O que eu digo é: povo de Bebedouro que visita Batatais…”

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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