Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 28 de outubro de 2023
O Hamas disse nesse sábado (28) estar disposto a libertar os reféns que sequestrou no ataque de 7 de outubro a Israel em troca da libertação dos prisioneiros palestinos no país.
“O preço a pagar pelo grande número de reféns inimigos nas nossas mãos é esvaziar as prisões [israelenses [de todos os prisioneiros palestinos]”, disse Abu Odeida, porta-voz do braço militar do grupo, em nota.
“Se o inimigo quiser resolver de uma vez por todas a questão dos detidos, estamos dispostos a fazê-lo”, acrescentou.
Segundo Israel, foram levados 229 reféns para Gaza. Antes dos ataques, havia cerca de 5.200 palestinos em cárceres do país, mas desde então, segundo a al-Jazeera, as autoridades israelenses prenderam 4 mil palestinos de Gaza que trabalhavam no Estado judeu, e outros 1.070 na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Blecaute
Os 2,2 milhões de habitantes da Faixa de Gaza atravessaram a noite de sexta-feira (27) para esse sábado sob pesado bombardeio israelense e continuam praticamente isolados do resto do mundo por um blecaute de comunicações, que aprofunda a grave crise humanitária no território sob bloqueio. As principais agências internacionais que operam no enclave palestino estão sem contato com seus funcionários, e as ambulâncias não conseguem chegar aos feridos, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Israel intensificou os ataques a Gaza na sexta, com incursões terrestres e fortes bombardeios por terra, ar e mar. Segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo grupo terrorista palestino Hamas, somente neste sábado houve cerca de 400 mortes. Não é possível verificar os números de forma independente.
Não ficou claro se a queda generalizada nas telecomunicações na Faixa de Gaza foi devido ao bombardeio israelense à infraestrutura de telefonia celular ou se Israel deliberadamente cortou o acessos dos palestinos aos serviços, disseram especialistas ao New York Times (NYT).
“A rede tem sofrido grandes danos desde o primeiro dia da guerra”, disse AbdulMajeed Melhem, CEO do Paltel Group, principal companhia palestina de telecomunicações, informando que os ataques causam danos tanto à infraestrutura externa como aos cabos subterrâneos.
Segundo ele, as companhias israelenses cortaram subitamente a capacidade dos usuários com assinaturas de redes palestinas de usarem dados de roaming de empresa de Israel, o que teria possibilitado a pelo menos alguns moradores de Gaza ficar em contato com o resto do mundo. Funcionários israelenses não quiseram comentar a situação ao NYT.