Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Homem cria helicóptero com motor de Fusca na Bahia: “leve, redondo e resistente”

O pedreiro Antônio de Matos, de 40 anos, resolveu colocar seu sonho em prática e pretende levantar voo em um helicóptero feito por ele mesmo. Ainda em fase de acabamento, a aeronave já tem estrutura e será movida a motor de Fusca: “leve, redondo e resistente”.

Segundo o baiano, ele já gastou cerca de R$ 28 mil. O morador de Capim Grosso, cidade da Bacia do Jacuípe, na Bahia, disse que o projeto foi pensado a partir de um sonho de infância mas que só começou a ser idealizado há cinco anos. A um jornal local, ele contou que nos últimos dez meses, o trabalho se intensificou. “Eu sempre sonhei em voar. Como não tinha dinheiro, resolvi fazer o meu mesmo”, disse Matos.

Com cerca de quatro metros de altura e com quase um metro de largura, a aeronave só possui um único lugar, destinado ao piloto. Ainda segundo Antônio, o objetivo é o helicóptero chegar a cinco mil pés, o equivalente a pouco mais de 1,5 mil metros de altitude.

Ao ser questionado, se o veículo é seguro, o pedreiro afirmou que confia nas experiências de colegas do ramo, como os feitos por um grupo de também amadores da aviação da cidade de João Dias, no Rio Grande do Norte (RN).

“Gosto muito do trabalho deles que são verdadeiros artistas. E eles são regularizados e fazem os voos com segurança mesmo”, afirmou.

A data do voo de helicóptero ainda não está definida. “Eu não sei o dia ainda não. Eu só vou fazer quando eu sentir que vai estar seguro mesmo”, completou.

Mesmo com atuação na aviação experimental, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não fiscaliza equipamentos como o feito por Antônio de Matos. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), uma “aeronave experimental, que geralmente se caracteriza por não ser submetida a uma longa campanha de testes exaustivos, deve expor poucas pessoas ao risco e somente aquelas inerentes ao projeto. Desta maneira, aeronaves experimentais são restringidas a voar sobre áreas pouco povoadas, ou em alguns casos específicos, a áreas completamente isoladas. O voo sobre áreas densamente povoadas necessita de autorização específica, e o transporte de pessoas e bens com fins lucrativos é proibido”.

No Brasil, o Código Brasileiro de Aeronáutica (Art. 67) ” estabelece como regra geral que todas aeronaves devem ser certificadas, no entanto, permite a construção amadora e o desenvolvimento da aviação experimental”.

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