Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Homens que tentaram extorquir a família do ex-piloto Schumacher são presos

Dois homens foram presos após a polícia alemã descobrir um plano para chantagear e tirar dinheiro da família de Michael Schumacher, revelou o jornal Bild.

O piloto heptacampeão mundial, de 55 anos, sofreu um trágico acidente de esqui na França, em dezembro de 2013, que o deixou em coma induzido, causou graves lesões cerebrais e mudou a sua vida para sempre. Desde então, ele nunca mais foi visto publicamente e poucas informações oficiais foram trazidas aos fãs do alemão, com seu estado de saúde sendo mantido privado pela família.

Segundo a publicação, os criminosos teriam chantageado os familiares de Schumacher e “queriam tirar milhões” deles. Wolf-Tilman Baumert, porta-voz do Ministério Público, explicou ao site alemão: “Estamos investigando um caso de chantagem contra uma celebridade e executamos mandados de prisão. Não podemos fornecer mais informações neste momento.”

Os dois homens foram presos e levados diretamente ao tribunal distrital de Wuppertal na manhã de quinta-feira (20). Lá, um juiz colocou os dois suspeitos sob custódia à tarde.

Os homens são acusados ​​de tentativa de extorsão. Se condenados, poderão pegar até cinco anos de prisão; as investigações estão em andamento. Ainda não foram revelados mais detalhes sobre o plano dos criminosos.

Em 2017, o pintor Hüseyin B. foi preso após também tentar chantagear a família do lendário piloto. Ele acabou condenado posteriormente a um ano e nove meses de liberdade condicional por tentativa de extorsão. Recebeu ainda uma multa de 4,5 mil euros e 50 horas de serviço comunitário, além de ter de fazer terapia.

Ex-presidente da FIA e amigo de Schumacher, Jean Todt foi uma das pessoas que deram declarações mais recentes sobre a situação do heptacampeão mundial. “Michael está aqui, então não sinto falta dele”, disse Todt ao L’Equipe. “[Mas ele] simplesmente não é o Michael que costumava ser. Ele é diferente e é maravilhosamente guiado pela esposa e pelos filhos que o protegem.”

Ele, então, concluiu: “A vida dele agora é diferente e tenho o privilégio de compartilhar momentos com ele. Isso é tudo que há para dizer. Infelizmente, o destino o atingiu há dez anos. Ele não é mais o Michael que conhecíamos na Fórmula 1.”

Mais alguns depoimentos de pessoas próximas deram dicas sobre a situação de saúde do piloto recentemente. O ex-piloto Ralf Schumacher, irmão mais novo de Michael, deu uma declaração comovente: “Sinto falta do meu Michael daquela época”, lamentou o ex-automobilista de 48 anos. “A vida às vezes é injusta. Michael, muitas vezes, teve sorte em sua vida, mas então aconteceu esse trágico acidente”.

Ele ressaltou a ajuda da medicina, cada vez mais avançada, mas não escondeu o tom pessimista. “Pudemos fazer muito graças à medicina moderna, mas ainda nada é como antes”, admitiu. “Foi uma experiência muito ruim e drástica para mim, mas, claro, ainda mais para seus filhos”.

Stefano Domenicali, presidente da Fórmula 1 e que trabalhou com o alemão na Ferrari, também abordou de forma triste a situação de Michael Schumacher. “O que há entre mim e a família permanece privado, mas viver assim por 10 anos é algo que você nunca desejaria nem para o seu pior inimigo”, disse ao jornal italiano La Gazaetta dello Sport.

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