Sábado, 05 de outubro de 2024

Ibovespa recua em semana com Estados Unidos e Oriente Médio no radar; dólar sobe

O Ibovespa encerrou o dia em alta enquanto o dólar em queda, depois que dados mostraram que a economia dos Estados Unidos criou muito mais empregos do que o esperado em setembro, apagando expectativas de outro corte de 0,50 ponto percentual nos juros pelo Federal Reserve.

O Ibovespa encerrou o dia com ligeiro ganho de 0,09%, aos 131.791,55 pontos, representando queda de 0,7% na semana. Já o dólar recuou 0,32% no dia, mas em alta de 0,37% na semana com a cotação de R$ 5,456.

Porém, em uma semana que foi marcada por temores fiscais e do mercado internacional com o aumento de tensão no Oriente Médio, o movimento de hoje não foi suficiente para reverter a alta do dólar e queda da bolsa na semana.

O Escritório de Estatísticas Trabalhistas dos EUA informou que foram abertas 254 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, bem acima da estimativa de 140 mil dos economistas, enquanto o número de agosto foi revisado para cima. Já a taxa de desemprego, de 4,1%, ficou abaixo do esperado.

Os rendimentos dos Treasuries subiram para seu nível mais alto desde meados de agosto e investidores abandonaram as apostas de que o Fed cortará os juros em 0,50 ponto percentual no próximo mês.

“O número foi fenomenal. Ficou bem acima das expectativas. A taxa de desemprego caiu, e isso mostra que a economia está forte”, Gene Goldman, diretor de investimentos da Cetera Investment Management.

“Todos os dados desta semana sugeriram que a economia está forte. Isso coloca um prego final no caixão do Fed.”

A reabertura dos portos da Costa Leste e da Costa do Golfo dos EUA nesta sexta-feira, depois que trabalhadores e operadores portuários chegaram a um acordo salarial para resolver a maior paralisação do setor em quase meio século, trouxe mais alívio para a economia norte-americana. Entretanto, espera-se que a liberação do acúmulo de cargas leve algum tempo.

No cenário doméstico, os dados norte-americanos tinham o efeito particular de reduzir as perspectivas do tamanho do aumento do diferencial de juros entre Brasil e EUA nos próximos meses, à medida que o Banco Central realiza um novo aperto monetário, o que vinha valorizando o real em sessões recentes.

Preocupações com o equilíbrio das contas públicas também têm esfriado a demanda pelos ativos brasileiros, enquanto o mercado mostra dúvidas sobre a capacidade do governo de alcançar a meta de déficit primário zero neste ano.

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