Sábado, 21 de setembro de 2024

Intimada? Delegada revela detalhes do caso da mãe de Larissa Manoela

Mãe de Larissa Manoela, Silvana Taques, está sendo investigada pela polícia do Rio de Janeiro por crime de discriminação religiosa. Isso porque em uma mensagem enviada a filha, ela chamou a família do genro de “macumbeira”. A delegada responsável pelo caso, Rita Salim revelou detalhes sobre o caso, e negou alguns boatos.

Após a notícia da investigação ganhar força na internet, começou a circular alguns boatos de que Silvana teria sido intimada para prestar depoimento, no entanto, Rita negou.

“Essa informação ainda não procede. Após a notícia-crime apresentada pela comissão. O que eu tenho de data é: hoje iniciamos as diligências preliminares. Por enquanto, não há nada de depoimento marcado”, informou.

Mensagem

Na mensagem para a filha, Silvana usou o termo “macumbeira” ao se referir à família do noivo da atriz, André Luiz Frambach, que é espírita kardecista. O termo é considerado pejorativo para se referir a religiões de matriz africana.

“Esqueci de te desejar… que você tenha um ótimo natal aí com todos os guias dessa família macumbeira. kkkkkk”, escreveu Silvana, em mensagem enviada à filha no Natal de 2022, pelo WhatsApp.

“A religião, na grande maioria, foi formada por pessoas negras. Ela transfere o racismo para a religião, mesmo quando se trata de vítima de cor branca. Vamos ouvir todos os envolvidos no caso, entre eles a mãe e o pai da atriz. Também vamos chamar o noivo da Larissa”, disse Rita Salim.

Intimação

Após a notícia-crime ter sido aceita pela Decradi e virado uma investigação, o advogado Carlos Nicodemos, que representa a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio, disse que também pretendia pedir a intimação dos pais da atriz para depor no inquérito.

“O país caminha para o aprimoramento punitivo contra o racismo e, em pleno século XXI, não há mais espaço para racismo religioso ou qualquer manifestação que ofenda a dignidade humana, que seja encarada como diversionismo ou coisificação. A banalização incrementa graus de violência, que levam à situações extremas todos os dias”, disse o advogado sobre a importância da investigação.

A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio apresentou a notícia-crime por entender que a mensagem da mãe da atriz se configuraria como “ato discriminatório travestido de formas contemporâneas de racismo”.

Ainda segundo o documento apresentado, “a manifestação de Silvana extravasa os limites da livre manifestação de ideias, constituindo-se em insultos, ofensas e estímulo à intolerância e ao ódio contra as religiões de matriz africana, não merecendo proteção constitucional e não podendo ser considerados liberdade de expressão, enquadrando-se no crime de racismo”.

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