Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Irã acusa Israel e Estados Unidos de influenciarem queda de Bashar al-Assad na Síria

O líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, disse que a queda de Bashar al-Assad foi resultado de um plano conjunto entre os Estados Unidos e Israel. “Os principais conspiradores estão nos Estados Unidos e no regime sionista”, declarou Khamenei nesta quarta-feira (11), nos primeiros comentários públicos dele desde que rebeldes tomaram a capital da Síria, Damasco, e Assad fugiu para a Rússia.

“Temos provas disso. Esta evidência não deixa margem de dúvidas para ninguém”, Khamenei argumentou, mas não apresentou provas da afirmação. O Irã foi um forte apoiador do regime de Assad e ajudou o governo durante a guerra civil na Síria. Analistas apontam que a queda do presidente deposto deixa o Irã enfraquecido na região.

Khamenei também fez referência à influência de um (país) “vizinho” da Síria que, segundo ele, desempenhou um “papel óbvio” na posse dos insurgentes. Embora não tenha mencionado o nome do país, a Turquia já havia demonstrado anteriormente apoio a grupos militares anti-Assad.

Entenda o conflito na Síria

O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco. O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.

A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia. O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo. Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad. Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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