Domingo, 24 de novembro de 2024

James Cameron revela influência de tribos indígenas do Brasil em “Avatar 3”

A Disney revelou o título oficial nacional de “A Avatar 3” durante a D23 Brasil, evento do estúdio que aconteceu em São Paulo. O terceiro capítulo da saga vai se chamar “Avatar: Fogo e Cinzas” e também ganhou suas primeiras artes conceituais, que mostram os cenários virtuais do novo longa.

Em participação por vídeo no evento, o diretor James Cameron revelou que o filme está atualmente em pós-produção e irá apresentar novas culturas e conflitos na lua de Pandora.

O Povo das Cinzas

Cameron revelou que o terceiro filme da franquia trará o Povo das Cinzas, um grupo Na’vi que viveu uma destruição causada por uma erupção vulcânica, o que resultou em uma visão distorcida e sombria sobre o mundo. “Eles têm uma conexão com a natureza, uns com os outros, mas a gente vai ver o oposto [do que assistiu até então] e o conflito surge daí”, explicou Cameron. Segundo o diretor, o grupo representa um lado obscuro da humanidade, projetando conflitos internos no contato com outras culturas de Pandora.

Além do Povo das Cinzas, o diretor descreveu outra cultura inédita no filme: um grupo nômade que percorre todo o mundo, estabelecendo um comércio único de raízes. Contudo, Cameron esclareceu que o foco principal estará na complexidade do Povo das Cinzas e suas visões distorcidas da cultura Na’vi.

Influência dos povos indígenas brasileiros

O diretor também mencionou suas experiências no Brasil e o impacto das culturas indígenas em sua trajetória. “Já fui ao Brasil várias vezes. Já trabalhei bastante por aí. É um país incrível”, disse Cameron, destacando o respeito que desenvolveu pelas práticas e espiritualidades dos povos indígenas brasileiros. Para ele, essa vivência contribuiu para a construção das culturas de Pandora.

Desenvolvimento dos personagens

Cameron comentou o desafio de desenvolver personagens que evoluem com a narrativa. “E já que estamos no terceiro filme agora, não é só questão de criar um novo personagem, é passar pelas mudanças [dos personagens antigos] e como eles reagem à vitória, à perda, ao trauma, ao amor, e todas essas coisas”, explicou o diretor, elogiando o talento dos atores e a profundidade emocional que eles trazem aos papéis. “Mesmo se for um alien azul de vários metros, temos essas pessoas reais aqui e temos a profundidade da alma dos atores que transborda nas telas”, acrescentou.

A estreia no Brasil está marcada para 18 de dezembro de 2026, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.

 

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