Quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Jornal britânico The Guardian elege Ludmilla como uma das cantoras favoritas de Beyoncé

Após uma dupla apresentação no Coachella, Ludmilla ganhou destaque na imprensa internacional ao aparecer no jornal britânico The Guardian, publicado nesta terça-feira (30).

A entrevista com a brasileira a elege como uma das cantoras “favoritas de Beyoncé”. A diva pop internacional gravou um áudio que foi utilizado para abrir abrir o show de Ludmilla no Coachella.

“A artista negra mais escutada no Brasil e uma das favoritas de Beyoncé, Ludmilla ganhou um novo público após seu show viral no Coachella”, abre a matéria do jornal, que cita a cantora como “a próxima grande estrela do pop do Brasil”. “Ela fala sobre racismo e homofobia que tem enfrentado para chegar tão longe”, acrescenta a publicação.

“Ela está seguindo o guia para o estrelato pop, com o objetivo de uma carreira internacional. Com um repertório de canções em português, inspirado no som bruto do baile funk brasileiro e também no pagode [um ramo moderno do samba], Ludmilla já ganhou um Grammy Latino e se tornou a artista negra mais ouvida no Brasil, e uma das únicas mulheres de herança afro-latina a alcançar um bilhão de streams no Spotify e fazer um set no palco principal do Coachella”, diz trecho da matéria.

A reportagem também dá ênfase ao valor investido na performance (cerca de 1,2 milhões de libras – R$ 8 milhões). “Eu tinha 45 minutos para mostrar ao mundo quem Ludmilla é”, disse a cantora. “Eu tinha um objetivo e o atingi – nessa semana eu já recebi diversos convites para colaborações [musicais]”, continuou.

Nas redes sociais, Ludmilla celebrou o reconhecimento:

Ludmilla ainda fala sobre carreira internacional: “O Coachella foi o pontapé inicial da minha carreira internacional, e eu estou muito animada para descobrir esse mundo novo”.

Polêmica no Coachella envolvendo religião

Na entrevista ao The Guardian, Ludmilla também esquivou-se da polêmica sobre a suposta intolerância religiosa durante a sua apresentação. “Eu não tenho religião e acredito que o preconceito é algo profundamente grave”, afirmou a cantora.

No segundo final de semana do festival, imagens da artista visual Najur foram exibidas no telão. Em um dos takes, a frase “só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas” foi duramente criticada nas redes sociais.

A matéria também falou que as redes sociais no Brasil se encheram de “controvérsia” por causa do episódio.

“Algumas pessoas acusaram ela de propagar intolerância religiosa, – a violência contra religiões afro-brasileiras vem crescendo conforme a religião evangélica se torna mais e mais popular – enquanto alguns só argumentaram que a imagem era um olhar do Brasil de hoje”, discorre o periódico.

Ludmilla relembra casos de racismo

A artista também comentou sobre os episódios de racismo sofridos no início de sua carreira.

“Quando comecei, eu fui vítima de racismo e sofri em silêncio. Mas agora sei o quanto sou importante e como posso ajudar mulheres como eu. Depois que me apresentei no Coachella, no primeiro fim de semana, vi muitos brasileiros me crucificando nas redes, só por causa do racismo. Esta é uma luta da qual não posso simplesmente desistir. Mas é irritante, uma cantora branca não precisa falar sobre isso”, contou.

 

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