Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 22 de fevereiro de 2022
O lucro de mais de R$100 bilhões da Petrobrás em 2021 debocha dos brasileiros e mostra como a petroleira aumentou além da conta os preços dos combustíveis durante o ano. A Petrobras tem quase 40% das ações nas mãos de estrangeiros, atraídos pelo negócio do século: a empresa finge não ser estatal, mas se aproveita do monopólio na produção e comercialização, e usufrui do privilégio de fixar o preço, definido por gerentes. É como tirar doce de criança, feijão da boca do povo.
Anúncio oficial
O lucro recorde e histórico de mais de R$100 bilhões deve ser detalhado durante anúncio ao mercado, previsto para esta quarta-feira (24).
Apenas uma lorota
Quando questionado, o seu presidente, general Silva e Luna, conta a lorota de que os lucros siderais se devem à “maior eficiência”.
Quem manda
Mandam da Petrobras de fato, nomeando gerentes que definem a política, acionistas privados brasileiros (10,52%) e estrangeiros (38,98%).
Tunga imexível
Enquanto a Petrobrás segue tungando o bolso brasileiro, o Congresso discute propostas cosméticas para reduzir combustíveis em 50 centavos.
Reforma tributária volta a andar após quase 3 anos
A inclusão da PEC 110/19, um dos mais importantes projetos da reforma tributária, na pauta desta quarta-feira (23) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, encerra um período de quase 32 meses de gaveta no Congresso. Está prevista para esta semana a leitura e apresentação do relatório do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) sobre a PEC, mas o presidente roda-presa do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já avisou que há outros três projetos que “compõem” a reforma.
Mais simples
A proposta original da PEC que vai ser examinada pela CCJ unifica nove tributos sob o IBS, Imposto sobre Bens e Serviços.
Complexo
O relator Roberto Rocha garante que a proposta não aumenta impostos, mas depois de aprovada a PEC, precisa haver uma lei complementar.
Pedala, Pacheco
Pacheco aponta “calendário curto” próprio de ano eleitoral, mas o alerta serve à medida para ele mesmo, conhecido pela lentidão nas decisões.
É só aguardar
Único ladrão fisgado na Lava Jato ainda preso, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral teve nova condenação, de 4 anos e 7 meses de cadeia. Nada que não possa ser anulado, como em muitos outros casos.
Combinem aí, rapazes
Os números dos institutos de pesquisa são tão díspares, a depender do nível de simpatia pelo ex-corrupto Lula ou de antipatia por Bolsonaro, que parecem terem sido feitas (ou manipuladas) em países diferentes.
Zelenskyy é o cara
Sujeito esperto que bota todo mundo no bolso é o roteirista e comediante Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia que ficou popular como um Renato Aragão na TV. Ele propagou a história da “invasão iminente”, conseguindo imobilizar a Rússia e atrair atenções e dinheiro do Ocidente.
Campanha nas ruas
Bolsonaristas ficaram indignados, nas redes sociais, com a presença do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, no evento estudantil “Livrando-se de um presidente” em universidade do Texas.
Saída para o Senado
O prefeito de João Pessoa Cícero Lucena vai apoiar o ex-ministro de Dilma Aguinaldo Ribeiro (PP), que cansou de se consumir de ciúmes do protagonismo, na Câmara, do seu presidente, Arthur Lira (PP-AL).
Trump de volta
Rede social lançada pelo ex-presidente Donald Trump para rivalizar com o Twitter, a Truth Social foi lançada para iPhones nos Estados Unidos, e se tornou o aplicativo social mais baixado do mundo, na App Store.
Coisa do passado
A presidenciável Simone Tebet (MDB-MS) defende o entendimento em torno da “terceira via”, mas avisou ontem que não aceita ser vice. “Dificuldades nos estados” devem impedir o acordo MDB-PSDB, diz. FHC, em 1998, foi o último que conseguiu juntar os dois partidos.
Realidade africana
Na Nigéria, país com a população quase igual a brasileira, apenas 7% receberam uma dose de vacina contra a covid. A parcela dos nigerianos com duas doses no ciclo vacinal é de apenas 2,6%.
Pensando bem…
…a Petrobras explora o brasileiro, tirando-lhe dinheiro no bolso para fabricar o lucro de R$100 bilhões e cochichando: “é para o seu bem”.
PODER SEM PUDOR
Barriga cheia
Cezar Schirmer fazia campanha para vereador de Santa Maria (RS) pelo velho MDB, contando com a solidariedade de vários amigos. Um deles, era um apoiante gordo, imensamente. Mas, bom orador, foi escalado para destacar as virtudes de Schirmer. Pegou o microfone e atacou com uma frase de efeito: “Os ricos estão cada vez mais ricos, os pobres cada vez mais pobres! O povo passa fome!” Mal acabara de pronunciar a frase, um provocador gritou: “Gordo desse jeito, até que te encostaste bem…”
(Com colaboração de André Brito e Tiago Vasconcelos)