Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Lula agiu para conter disputa antecipada no PT

A discussão sobre a reoneração dos impostos sobre os combustíveis esquentou o clima entre petistas, que só pensam nas eleições de 2026. No fim de semana, ainda com Fernando Haddad (Fazenda) na Índia, Lula precisou ligar para o ministro para tranquilizá-lo quanto à fritura pública promovida pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann. O presidente deixou claro que a frigideira de Gleisi é pequena demais para Haddad e ainda acertou com ele a volta dos impostos, ao menos parcialmente.

2026 é logo ali
Facções do PT já consideram Haddad carta fora do baralho para suceder Lula, dado o desgaste do nome do ministro. E é só o começo.

PT sem Lula
Nomes ventilados no PT para 2026, caso Lula largue o osso, são os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Camilo Santana (Educação).

Outros nomes
Wellington Dias (Desenvolvimento Social) também aparece na fila da sucessão e até Gleisi Hoffmann, que prevê uma disputa entre mulheres.

O menos provável
No PT há quem enxergue também movimentos de Aloízio Mercadante, que quer surfar na ‘pauta verde’, para o posto de Lula.

Aumento dos combustíveis afetará os mais pobres
A decisão do governo de aumentar os combustíveis, voltando a cobrar impostos, é ruim para todo mundo e afeta principalmente os mais pobres. A claque aplaudiu, sustentando que “reoneração” seria “o melhor” sob o ponto de vista social e fiscal. Isso é falso, tanto quanto legar que o aumento eliminaria suposto “rombo” nas contas públicas, mas suspender derrubou a inflação e estimulou a economia em diversos setores da economia, aumentando empregos e renda e até turbinando a receita.

Inflação retomada
Combustíveis mais caros farão a inflação ser retomada com força, o que prejudica sobretudo o poder aquisitivo dos mais pobres.

Expectativa é lorota
O governo diz que sem impostos perderia R$ 30 bilhões, mas essa é a expectativa de receita bilionária dos tempos de petróleo nas alturas.

Obsessão por gastar
A volta dos impostos decorre da ânsia do governo de arrecadar mais para gastar ainda mais, sem se importar com seus efeitos na inflação.

Perdeu, mané
A polêmica sobre a volta dos impostos sobre combustíveis ao menos serviu para reafirmar que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, não apita coisa alguma nas decisões de governo. Melhor assim.

Só há o que destruir
Gleisi vive no mundo da fantasia. Defendeu “reconstruir a Petrobras”. Quanta bobagem. Após a intensa roubalheira petista, a estatal chegou ao fundo do poço valendo apenas R$ 4 bilhões. Recuperou, sem ladrões e políticos na direção, e em 2022 foi avaliada em quase R$ 600 bilhões.

Cresce a lista
Lula se nega a mexer na Esplanada antes dos 100 dias de governo, mas anota quem deve sair. O alvo da vez de fogo amigo é Juscelino Filho (Comunicações), indicado pelo senador Davi Alcolumbre (Rede-AP).

Madame adora holofotes
O estrelismo da primeira-dama Janja voltou a causar entre os petistas, que desconfiam das intenções da mulher de Lula que sempre quer “sair na foto”. Ontem, na vacinação do petista, não foi diferente.

Infra nasce rica
Ex-presidente da ANTT, agência de transportes terrestres, Jorge Bastos assumirá nesta quarta (1º) a presidência da Infra, nova estatal que surge da junção da Valec com a EPL para tocar a construção de ferrovias.

Yankee go home
Foi constrangedora a bajulação a John Kerry, que esteve em Brasília com ares de “xerife” do meio ambiente que dita regras. Conhecido chato de galocha, criaram para ele a função de “enviado especial”, que até soa importante, mas é apenas um lugar para estacionar político em declínio.

Termômetro
Após anunciar que o preço da gasolina irá subir, o Planalto despachou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), ao Ministério da Fazenda. Foi passar a temperatura do anúncio no Congresso.

Está avisado
Na reunião que antecedeu a volta dos impostos sobre os combustíveis, o núcleo político insistiu que o aumento no preço da gasolina azeda ainda mais a já péssima relação do governo com a classe média.

Pensando bem…
…está mais para autoflagelo a ginástica mental em defesa do aumento nos impostos da gasolina.

PODER SEM PUDOR

Trocando as bolas
A então ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) foi uma das pessoas, no governo Lula, que mais tiveram visibilidade em 2004, ao contrário dos colegas. Ela própria reconhecia isso. Em solenidade no Planalto, chamou de “Eduardo Costa” o colega Humberto Costa (Saúde) e tascou um “Humberto Campos”, ao se referir ao então ministro Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia). Depois se desculpou: “Vocês têm que convir que trabalhei demais este ano…” Pareceu insinuar que as duas vítimas não trabalharam tanto.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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