Quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 26 de julho de 2024
Partidos com cadeira na Esplanada de Lula têm pressionado deputados a não assinarem e até retirarem assinatura do pedido de instalação de CPI para investigar os suspeitíssimos negócios dos irmãos Joesley e Wesley Batista envolvendo o Ministério de Minas e Energia (MME). Só entre quarta (24) e quinta-feira (25), o autor do requerimento, deputado Ricardo Salles (PL-SP) recebeu três ligações de parlamentares que até assinaram, mas, pressionados, deram para trás e retiraram o nome.
Quem foi
PP e Republicanos, comandando um ministério cada, e PSD, chefiando outras três pastas, estão entre os partidos que arroxaram os deputados.
MP suspeita
A oposição quer investigar a MP editada pelo governo Lula que afastou o risco de a Âmbar Energia, dos Batista, tomar um calote bilionário.
Escondido
Também estão na mira as várias reuniões, omitidas da agenda oficial, entre executivos da empresa e membros do alto escalão do ministério.
Esvaziou
Até a convocação de Silveira começa a subir no telhado, sob o risco de ficar só nos pedidos de informação e convite, que pode ser recusado.
Já são 275 as ‘frentes parlamentares’ no Congresso
Desde o início da legislatura, em 2023, foram criadas 275 frentes parlamentares no Congresso Nacional. Frentes são grupos de deputados e senadores voltados para temas específicos no Legislativo. É o caso da Frente em Apoio ao Bambu, com 182 deputados e 4 senadores e da Frente em Defesa do Ciclista, que tem 188 deputados integrantes. A maior é a Frente Parlamentar Agropecuária com 339 membros.
Muitas utilidades
Há também uma “Frente Mista pela Reestatização da Eletrobrás”, coordenada pelo deputado Alencar Santana, do PT de São Paulo.
Para todos
A defesa de “Cirurgias Eletivas”, “Profissionais da Dança”, “Estradas”, do “Movimento Hip Hop”, “Animais” etc. também têm suas próprias frentes.
Prioridades
“Fortalecimento da Mulher”, “Modernização do Futebol Brasileiro”, “Promoção da Saúde Mental” estão na lista de frentes do Congresso.
Biden tupiniquim
Após estranhas falas do presidente Lula (PT), o senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, defende que se pensem em “projeto que exija exames cognitivos regulares e rigorosos para o Executivo”.
Ainda mais cortes
A Instituição Fiscal Independente do Senado diz que o governo Lula tem que dobrar a meta do contingenciamento: são necessários R$15 bilhões a mais para ter alguma chance de atingir a faixa inferior da meta fiscal.
Sem brio
Com pouco brio após esculacho do ditador Nicolás Maduro, o governo Lula despachou Celso Amorim a Caracas, para observar as “eleições” venezuelanas, chega hoje. O TSE pulou fora e não vai mandar ninguém.
Esquerdopatia pega?
Após anos passando pano no ditador esquerdista da Venezuela – que censura, persegue, prende e até mata críticos em geral e jornalistas em particular -, a imprensa brasileira agora chama de “bolsonarista” ou de “extrema direita” a crítica de Nicolás Maduro ao voto eletrônico brasileiro.
Outra realidade
Para justificar o assalto tributário do governo, Lula difundiu a fake news de que imposto sobre herança nos EUA é de 40%. Na verdade, vai de 18% a 40%, mas apenas para bens acima de US$13,61 (R$77) milhões.
Há espaço
Após sucesso da desestatização da Sabesp, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), avalia que há espaço para privatizar outras estatais, cita como exemplo as federais Petrobras e Banco do Brasil.
Explica aí
O Itamaraty vai ter que explicar como Janja obteve credencial de chefe de Estado para as Olimpíadas. O pedido é do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) que diz que isso é “algo que não lhe cabe como primeira-dama”.
Céu de brigadeiro
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), garante que não há mais clima ruim com o vereador Milton Leite (União Brasil). Diz que recebeu ligação do parlamentar e o apoio deve ser formalizado em breve.
Pensando bem…
…se fome é escolha política, para alguns a política engorda.
PODER SEM PUDOR
Sinceridade demais atrapalha
Na campanha presidencial de 1989, o dono da Gradiente, Eugênio Staub, promoveu um encontro entre Mário Covas e empresários da Zona Franca de Manaus. Covas estava animado com a repercussão do discurso sobre “choque de capitalismo”, redigido por Jorge Serpa a pedido de Roberto Marinho. A certa altura, Covas pregou “profundas mudanças” na legislação da Zona Franca, tudo o que os empresários presentes não desejavam ouvir. José Serra, que acompanhava o candidato tucano, cutucou Mário Covas: “Não dá para ganhar eleição com tanta sinceridade…” Covas abandonou o tema, mas perdeu a eleição mesmo assim.
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)