Sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Maior iceberg do mundo volta a se mover depois de mais de 30 anos encalhado

O maior iceberg do mundo voltou a se mover depois de ter passado mais de 30 anos encalhado no fundo do oceano, informou a emissora britânica BBC. O iceberg de 4 mil quilômetros quadrados, chamado A23a, separou-se da costa Antártica em 1986, mas se assentou no mar de Weddell, tornando-se uma espécie de ilha de gelo. Durante o ano passado, os especialistas observaram que a formação se deslocou rapidamente e está agora prestes a passar para as águas da Antártida.

O A23a se formou após uma grande ruptura na plataforma de gelo Filchner em 1986, quando abrigava em sua superfície uma base de pesquisa científica soviética, já desmantelada.

Para responder por que, depois de mais de 30 anos encalhado, está em movimento novamente, o especialista Andrew Fleming, do British Antarctic Survey, disse à BBC que ele próprio perguntou a alguns colegas se poderia ter havido alguma mudança na temperatura das águas para explicar a situação, “mas o consenso foi que a hora simplesmente havia chegado”.

“Ele estava encalhado desde 1986, mas com o tempo ia perder tamanho o suficiente para perder aderência e começar a se mover. Detectamos o primeiro movimento em 2020″, explicou. Nos últimos meses, o A23a foi empurrado por ventos e correntes e agora está passando pelo extremo norte da Península Antártica.

Como a maioria dos icebergs do setor Weddell, o A23a será quase certamente expelido para a Corrente Antártica Circumpolar, que o lançará no Atlântico Sul em um caminho que se tornou uma espécie de “beco de icebergs”.

Os cientistas vão acompanhar de perto o progresso do A23a, uma vez que se encalhar no sul da Geórgia poderá causar problemas aos milhões de focas, pinguins e outras aves marinhas que habitam a ilha, uma vez que seu grande tamanho perturbaria estas espécies.

Erupção gigantesca

Um dos vulcões mais ativos do oceano Pacífico, Mount Ulawun, entrou em erupção na semana, expelindo lava a uma altura de 15 quilômetros. A erupção do vulcão, que é o mais alto da Papua Nova-Guiné, diminuiu mas cinzas espessas ainda subiam no céu e cobriam telhados e palmeiras próximas.

O alerta sobre o nível do vulcão na ilha de New Britain, no nordeste do país, foi rebaixado pela Divisão de Gestão de Riscos Geológicos da Papua Nova-Guiné para a fase 3, que significa uma erupção moderada a forte. No começo da semana, o nível estava na fase 4, indicando uma erupção muito forte. Mas o vulcão, que está a 2.334 metros acima do nível do mar, permaneceu ativo e a erupção poderia permanecer indefinitivamente, disse a divisão.

O Centro Consultivo de Cinzas Vulcânicas em Darwin, Austrália, relatou fumaça vulcânica subindo até 15 mil metros na segunda-feira. Já a divisão de Papua Nova Guiné relatou que a nuvem de cinzas subiu pelo menos 5 mil metros nesta terça-feira antes de se perder nas nuvens atmosféricas.

As pequenas partículas vulcânicas nas nuvens de cinza podem ser carregadas a longas distâncias pelo vento e podem atrapalhar a aviação. Uma espessa nuvem estendeu por dezenas de quilômetros para o noroeste de Mount Ulawun.

A Autoridade Civil de Segurança na Aviação do país não respondeu os contatos feitos pela Associated Press questionando se viagens aéreas foram afetadas. Radares de aviação mostraram atividade normal em grandes aeroportos mais próximos, na capital nacional, Port Moresby, e em Honiara, capital das Ilhas Salomão.

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