Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 22 de maio de 2023
O telescópio solar Daniel K. Inouye Solar, da Fundação de Ciência Nacional dos Estados Unidos, capturou novas fotos do Sol durante seu primeiro ciclo de observações. Elas revelam detalhadamente as regiões, manchas solares e o movimento do plasma na atmosfera solar com resolução de 20 km.
As novas imagens mostram os detalhes das manchas solares, regiões na superfície solar com temperatura menor que a dos arredores. Elas não costumam existir por muito tempo, mas estão relacionadas a alguns dos fenômenos mais violentos do Sol: quando as linhas dos campos magnéticos solares se separam, reconectam, as manchas liberam grande quantidade de energia na forma de ejeções de massa coronal e explosões.
Além das manchas, as fotos revelam também as estruturas associadas a elas. Entre elas, estão a umbra e a penumbra, a parte interna e externa das manchas solares, respectivamente. A umbra contém os pontos umbrais, e a penumbra, filamentos brilhantes de plasma.
O instrumento observou também as regiões “quietas” do Sol, revelando as células de convecção na fotosfera. Estas células fazem parte da fotosfera (a superfície do Sol) e apresentam grânulos com até 1.600 km de extensão, formados por plasma brilhante e quente cercados por faixas escuras de plasma um pouco mais frio.
Já na cromosfera, a camada atmosférica acima da fotosfera, há filamentos escuros e alongados, vindos de onde houve acúmulo em pequena escala de campos magnéticos. Os filamentos podem chegar a 450 km de diâmetro e não duram mais que alguns minutos.
Estas novas imagens representam apenas uma pequena parte dos dados obtidos durante o primeiro ciclo de observações. No momento, o telescópio está na Fase de Comissionamento de Operações, um período de transição em que ele vai começa lentamente a usar ao máximo suas capacidades observacionais.
Supernova
Observadores do céu noturno estão diante de uma excelente oportunidade para testemunhar a mais próxima explosão estelar registrada nos últimos nove anos. A supernova está posicionada tão perto da Terra (em termos astronômicos, obviamente), que pode ser vista através de um simples telescópio de quintal.
Na noite de sexta-feira (19), o astrônomo Daniel A. Perley, da Universidade John Moores Liverpool (Reino Unido) e seus colegas Avishay Gal-Yam, Ido Irani e Erez Zimmerman, do Instituto Weizmann da Ciência (Israel), registraram a supernova SN 2023ixf, que foi classificada como tipo II.