Sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Medalha de bronze em Paris 2024 no surfe concretiza jornada olímpica de Gabriel Medina

A noite de segunda-feira (05) foi de fortes emoções para Gabriel Medina na disputa do surfe masculino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Após perder a semifinal para o australiano Jack Robinson em duelo marcado pela falta de ondas em Teahupo’o, no Taiti, o brasileiro venceu o peruano Alonso Correa e ficou com a medalha de bronze.

“Eu queria muito uma medalha olímpica, era meu objetivo vindo pra cá. Claro que eu queria estar na final, mas a gente teve uma outra oportunidade de ir para cima do bronze e não quis deixar escapar”, disse Medina.

O brasileiro tricampeão mundial, foi o último dos 24 atletas a se classificar para os Jogos Olímpicos, mas assim que garantiu a vaga se preparou integralmente para alcançar o seu principal objetivo: a medalha olímpica.

Medina relembrou ainda a semifinal em Tóquio 2020, ocasião na qual foi eliminado pelo japonês Kanoa Igarashi em confronto polêmico.

“Os Jogos Olímpicos são o maior palco de esporte que podemos ter no mundo. E agora eu sou medalhista. É muito difícil. Eu sei o quanto trabalhei. Eu sempre assisto esportes em geral e sei o quanto é difícil. Então, fico feliz de ter sido um desses caras, um desses três que podem ganhar medalha no surfe masculino. Como falei, dei o meu melhor, não queria deixar passar mais uma oportunidade porque Tóquio foi muito perto”, avaliou o brasileiro.

Nas quartas de final, em uma revanche dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 contra Igarashi, em uma bateria épica, Medina fez história ao pegar tubos perfeitos, eternizados em uma foto que viralizou mundialmente e o fez ganhar mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais.

Na semifinal, em uma bateria com poucas ondas, o brasileiro foi superado pelo australiano Jack Robinson, que em 2023 venceu Gabriel na final da Liga Mundial de Surfe, também em Teahupo’o, tirando a chance de uma vaga olímpica naquela ocasião.

Os Jogos Olímpicos de 2024 também marcaram a retomada da parceria vencedora entre Gabriel Medina e seu padrasto Charles, que foi seu treinador ao longo de grande parte de sua carreira e contribuiu para o sucesso e os títulos de Medina.

“Meu padrasto aqui me ajudou bastante e estou muito orgulhoso. Como eu falei, esse meio ano eu só pensava nisso. Agora, finalmente, conseguimos a medalha, posso ir para casa sabendo que minha família está orgulhosa de mim. Mandar um beijo também para todo mundo que torceu, o Brasil inteiro. Fico feliz de ter levado uma medalha para nós. Fico feliz de deixar a galera orgulhosa. Sei que minha mãe está em casa, o Charlão chorou aqui. Então, vendo de perto, sei o quanto significa, sabe? E fico feliz de deixar os outros felizes e estou feliz com a minha performance. Dei o meu melhor”, celebrou o surfista.

Gabriel Medina e seu padrasto e técnico, Charles, o Charlão (Foto: William Lucas/COB)

Em 2023, Medina ficou muito perto da briga por uma das vagas olímpicas para brasileiros, mas a derrota para o australiano Jack Robinson na final da etapa do Circuito Mundial, em Teahupo’o, adiou o sonho olímpico.

No ISA Games, em Porto Rico, o brasileiro afirmou que era “um homem em uma missão” e ativou seu modo competidor.

No fim de uma longa jornada, Medina foi o grande campeão individual, mas o passaporte olímpico só foi carimbado mesmo com o título por equipes do Brasil, com as fundamentais contribuições de Filipe Toledo e Yago Dora.

A partir daí, o surfista direcionou toda sua preparação para chegar aos Jogos Olímpicos no auge. E a competição teve alguns sentimentos especiais para o brasileiro. Após deixar Tóquio 2020 sem medalha, em uma derrota contestada na semifinal para Kanoa Igarashi, Medina ganhou motivação dobrada para representar o Brasil novamente no maior evento esportivo do mundo. E o palco para isso não poderia ser melhor: Teahupoo, sua onda favorita no mundo, e onde tem um retrospecto impressionante. De 2014 a 2024, Medina avançou às semifinais em todas as edições do campeonato. Foi à decisão em seis e conquistou o título duas vezes.

“Eu queria muito estar aqui. Era meu objetivo vindo para cá. Claro que eu queria estar na final, mas tivemos uma outra oportunidade de ir para cima do bronze e não quis deixar escapar. Tóquio foi uma semifinal que ficou na minha cabeça. Eu falei, ‘Pô, de novo não’. Essa medalha tem que ir para casa. Fico feliz de ter conquistado, veio mais onda, tive mais oportunidade e graças a Deus conseguimos conquistar o bronze”, declarou Medina, após a conquista da tão sonhada medalha olímpica.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Olimpíada

Tatiana Weston-Webb celebra prata no surfe em Paris 2024: “Sucesso, estou orgulhosa”
Morre Sérgio Lopes, pentacampeão gaúcho pelo Grêmio na década de 1960
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play