Segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Mergulho polar e acampamento no gelo: cruzeiros na Antártica atraem turistas que querem conhecer o “sétimo continente”

Impulsionada pelas redes sociais, uma nova tendência desponta no setor de turismo: desvendar a Antártica. No “sétimo continente”, talvez o mais inóspito da Terra, o frio e o gelo viraram convite para os mais aventureiros, que querem se conectar com a natureza a uma temperatura média de -12°C. A principal maneira de tornar essa experiência possível é embarcar em um cruzeiro com rota ao “fim do mundo”, atravessar o temido estreito de Drake e esperar os primeiros icebergs surgirem no horizonte.

Mais de 50 navios possuem autorização para navegar até o polo sul, sendo a maioria embarcações militares ou de pesquisa. Para o turista comum, sobram algumas rotas de cruzeiros considerados luxuosos. Eles não são gigantes como os navios que fazem rotas mais tradicionais, mas sim inspirados em super iates, com tecnologia e equipamentos apropriados para tornar o passeio possível.

Importante lembrar: a Antártica só é acessível aos visitantes entre novembro e março, e os meses são divididos em duas estações, sendo a alta temporada, entre dezembro e fevereiro, a época mais popular e cara para viajar. Novembro e março costumam ser os meses menos procurados para o passeio.

Chegando na Antártica, não há porto para atracar. Os passageiros usam modernos botes para embarcar e desembarcar das expedições que acontecem durante cerca de oito dias. No trajeto até a terra firme, os pequenos barcos desviam de enormes blocos de gelo soltos no mar.

Ao desembarcar, as regras são rígidas em prol da natureza: segundo a Associação Internacional das Operadoras de Turismo Antártico, há um limite de cem pessoas que podem ficar no máximo até cinco horas em cada lugar. O foco de cada dia é sair do navio e chegar perto da vida selvagem e do cenário único, explorando tanto nos botes, quanto a pé.

Uma equipe de especialistas polares a bordo acompanha os turistas durante todo o percurso, conferindo a toda a viagem uma forte dimensão educacional. Durante sessões de duas ou três horas, os turistas visitam viveiros de pinguins, locais de interesse histórico, além de buscar as mais diferentes espécies da vida selvagem para oportunidades fotográficas.

Também há atividades de aventura opcionais, como caiaque na gelada água da Antártica, acampamento do lado de fora, passeios de helicóptero e o famosíssimo “polar plunge” — o rápido mergulho de alguns segundos no mar antártico.

A maioria dos cruzeiros na Antártica não exige muito esforço físico e se enquadram na categoria de “aventura suave”. As distâncias a pé são bastante curtas, especialmente na Península Antártica, e quando há caminhadas mais longas, elas são opcionais e são oferecidas junto das mais curtas.

Quase todos os cruzeiros para a Antártica partem do Ushuaia, no sul da Argentina, e de Punta Arenas, no sul do Chile. Estas são as principais portas de entrada para a Antártica e o Oceano Antártico. Apesar das temperaturas extremas e do gelo inclemente, quem paga cerca de US$ 10 mil por um pacote de cerca de dez dias não passa por muito sufoco com todos os serviços oferecidos pelos cruzeiros. Quem estiver disposto a investir mais alto, há opções de pacotes de até US$ 90 mil, que preveem mais de um mês de estadia e passeio de trenó até o Polo Sul.

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