Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 5 de outubro de 2024
A Meta, controladora de Facebook, Instagram e WhatsApp, lançou uma nova ferramenta de inteligência artificial (IA) que pode gerar ou editar vídeos com base em um simples comando de texto, aumentando a competição com rivais como OpenAI e Google na corrida para desenvolver a tecnologia de IA mais avançada do mundo.
O produto da Meta, chamado Movie Gen, pode criar um novo vídeo de até 16 segundos com base em um comando de texto. Ele também pode usar esses comandos para gerar áudio, editar um vídeo existente ou até mesmo usar uma foto para criar um vídeo personalizado apresentando uma pessoa real.
O Movie Gen está disponível, por enquanto, apenas para alguns funcionários da empresa e poucos parceiros externos, incluindo cineastas. No entanto, a empresa planeja integrar o produto em seus aplicativos no próximo ano.
Os executivos ainda estão discutindo a melhor forma de implementar essa integração, mas o objetivo é que o Movie Gen incentive mais pessoas a criar ou editar postagens de vídeo, disse Connor Hayes, vice-presidente da Meta focado em produtos de IA generativa.
“Será divertido de usar, útil para criadores e bom para o engajamento geral nos aplicativos, mas ainda não temos um plano de produto concreto de como isso será”, afirmou Hayes.
O Movie Gen faz parte da incursão mais ampla da empresa na tecnologia de IA generativa, que usa grandes quantidades de dados existentes para treinar ferramentas que podem criar automaticamente novos textos, áudios ou vídeos.
A Meta investiu bilhões de dólares nos últimos anos em tecnologia de inteligência artificial e já incorporou em muitos de seus aplicativos um chatbot chamado Meta AI, capaz de responder a perguntas ou interagir com os usuários em conversas.
A líder em redes sociais é uma das muitas grandes empresas de tecnologia que estão investindo em modelos de IA focados na geração de vídeos, que são mais complicados e caros de desenvolver do que as ferramentas que geram texto com IA.
A OpenAI, apoiada pela Microsoft, tem sua própria ferramenta de geração de vídeos, chamada Sora, lançada no início deste ano, capaz de criar vídeos de até um minuto de duração, embora essa tecnologia ainda não esteja disponível ao público. A DeepMind, subsidiária da Alphabet, dona do Google, também tem uma ferramenta de geração de vídeos chamada Veo, que foi revelada no início deste ano.
Movie Gen
A Meta está aguardando para lançar o Movie Gen por várias razões, incluindo a eficiência da tecnologia. Atualmente, leva “dezenas de minutos” para gerar um vídeo com base em um comando de texto — tempo considerado muito longo para consumidores em geral, que provavelmente usariam isso no celular, explicou Hayes.
Mas a Meta também está “resolvendo vários problemas realmente importantes relacionados a segurança e responsabilidade”, afirmou Hayes, incluindo como lidar com vídeos personalizados para que um usuário não possa criar um vídeo inadequado ou desfavorável apresentando outra pessoa sem o consentimento dela:
“Esse provavelmente será o problema mais importante a ser resolvido antes de disponibilizarmos amplamente a possibilidade de personalização para os usuários.”
Esse tipo de tecnologia já foi usada no passado para criar chamados deepfakes enganosos de pessoas famosas, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, e a estrela pop Taylor Swift. No entanto, executivos da Meta disseram que estão trabalhando em maneiras de “marcar” essas criações, para que as pessoas possam identificar que foram geradas por IA.
A Meta fez dos avanços em IA uma prioridade central para toda a empresa, e o CEO Mark Zuckerberg tem falado repetidamente sobre a IA como um impulsionador do crescimento de usuários e receitas.
A curto prazo, Zuckerberg atribuiu à IA o mérito de ajudar a melhorar os algoritmos de conteúdo da empresa, mostrando às pessoas postagens e anúncios mais relevantes.
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Zuckerberg disse acreditar que a IA desempenhará um papel ainda maior no funcionamento dos aplicativos da Meta e de outros dispositivos futuristas que a empresa está produzindo, como óculos inteligentes. As informações são do jornal O Globo.