Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Microalga spirulina fornece mais proteína que a carne

As proteínas são nutrientes fundamentais na alimentação diária. Graças a elas, o corpo é capaz de produzir e recuperar células, tornando-as essenciais para o crescimento e desenvolvimento da população. A carne é um dos alimentos mais representativos de proteínas, mas há outro alimento que tem valor proteico mais alto: a spirulina.

Trata-se de uma microalga que, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA), possui 57 gramas de proteína, muito mais do que a proteína animal, que contém 26 por cada 100 gramas em geral. A spirulina é amplamente utilizada como suplemento dietético. Segundo especialistas, o ingrediente ativo pode compensar deficiências nutricionais em diferentes grupos populacionais, desde crianças, adultos, mulheres grávidas e idosos, entre outros.

Entre outras propriedades, ela contém enzimas e carotenoides, que ajudam a combater o dano oxidativo das células e reduzem o risco de doenças coronárias. Além disso, possui minerais, cálcio, fósforo, potássio, magnésio, ferro, zinco, selênio, manganês e iodo, reconhecidos em sua maioria por contribuir para o fortalecimento dos ossos, sistema muscular, cérebro e produção de hormônios, de acordo com a Academia Espanhola de Nutrição e Dietética.

O alimento é capaz ainda de fornecer os 8 aminoácidos essenciais: valina, leucina, isoleucina, lisina, treonina, fenilalanina, metionina e triptofano. O triptofano está relacionado ao sistema nervoso, relaxamento e sono. Isso é complementado com a grande quantidade de vitaminas, minerais e oligoelementos que ajudam a mitigar a fraqueza, combatendo o cansaço e a fadiga mental.

A spirulina é, portanto, ideal:
– Em caso de fadiga e excesso de trabalho;
– Para aumentar a resistência do corpo (no inverno, durante a convalescença, etc.);
– Em caso de deficiência de vitaminas e minerais (especialmente em pessoas anêmicas devido à sua riqueza em ferro);
– Para complementar a dieta de vegetarianos e veganos (principalmente devido à sua riqueza em proteína);
– Estimular a produção de glóbulos vermelhos;
– Preservar a massa muscular durante as dietas de emagrecimento;
– Para atletas que desejam melhorar seu desempenho;
– Para combater o estresse oxidativo causado pelos radicais livres;
– Para aumentar o tônus e a vitalidade.

No entanto, apesar do baixo teor calórico e seu conteúdo nutricional, existem algumas contraindicações, esclarecimentos e perigos a serem considerados ao consumi-lo. O nutricionista Daniel Ursúa afirma que deve-se ter cuidado com o alto teor de iodo. Em excesso, o consumo pode resultar em problemas na tireoide. Há também o risco relacionado ao arsênico, elemento tóxico presente em alguns mares e lagos que é absorvido pelas algas.

É importante lembrar que este alimento não substitui nenhum outro, e que antes de adicioná-lo à dieta diária, é necessário consultar o médico de família para evitar qualquer efeito adverso em seu organismo.

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