Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 7 de janeiro de 2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nessa terça-feira (7) que o Brasil, até 2026, poderá alcançar um cenário de grande prosperidade econômica, comparável à imagem de “comer filé mignon”. Em entrevista à Globo News, Haddad explicou que, para alcançar esse objetivo, o país precisa explorar ao máximo suas “vantagens competitivas”, incluindo os avanços tecnológicos e as oportunidades geradas pelas novas indústrias, como os biocombustíveis.
Questionado sobre a promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de garantir picanha no prato do brasileiro até o fim da gestão, Haddad se mostrou otimista, mas afirmou que o sucesso dependerá da implementação de políticas eficazes. “Se souber se beneficiar das vantagens competitivas que tem, nós temos a lei de inteligência artificial que passou pelo Senado, crédito de carbono que está sancionado, biocombustíveis, combustível do futuro, nova indústria do Brasil, programas bem estruturados para alavancar o desenvolvimento, eu acredito que nós podemos chegar bem em 2026, espero que até comendo filé mignon”, afirmou.
Na entrevista, Haddad também refletiu sobre o cenário econômico global, que está marcado por incertezas, especialmente com as promessas de políticas protecionistas feitas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O ministro reconheceu que o cenário externo apresenta desafios, mas acredita que o Brasil tem boas condições para se adaptar e prosperar.
“Apesar do cenário externo ainda estar um pouco nebuloso, sobretudo em relação à política econômica que será aplicada pelo próximo governo dos Estados Unidos, eu acredito que o Brasil, nesse contexto, está bem posicionado”, disse Haddad, destacando que o País tem uma base sólida para enfrentar esses desafios.
Além disso, o ministro sublinhou que uma das principais prioridades do governo é ajustar a política fiscal de forma a garantir um crescimento sustentável. Para ele, é fundamental que o governo adote medidas que cortem benefícios de grupos econômicos mais favorecidos, a fim de garantir uma distribuição mais justa dos recursos. Ele ainda fez uma crítica à prática de concessão de privilégios no Congresso, um tema recorrente em sua gestão.
“Sem vender estatal na bacia das almas para favorecer grupos econômicos, sem deixar de enfrentar os jabutis de grupos empresariais campeões nacionais que, vira e mexe, conseguem benefícios ali no Congresso, é isso que nós estamos fazendo”, afirmou o ministro. Haddad ainda acrescentou que, ao mesmo tempo, o governo está tomando cuidados para não prejudicar os trabalhadores de baixa renda. “E também contendo gastos da maneira adequada, sem prejudicar o trabalhador de baixa renda, garantindo os direitos consignados na Constituição”, disse.
Essa postura, segundo Haddad, visa criar um ambiente econômico mais justo e sustentável, no qual os avanços tecnológicos, como a inteligência artificial e os biocombustíveis, possam ser usados para alavancar o desenvolvimento de setores-chave e colocar o Brasil em uma trajetória de crescimento sólido até 2026. O ministro concluiu destacando que, embora o caminho seja desafiador, o governo está comprometido em adotar medidas que favoreçam a justiça fiscal e a prosperidade a longo prazo para todos os brasileiros.