Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Ministro de Portos e Aeroportos ignora a própria área

O ministro de Portos e Aeroportos, Marcio França, anda tão perdido quanto sem-terra desgarrado. Após chamar a desestatização do Porto de Santos de “privatização da Autoridade Portuária”, distorção proposital para tentar dificultar o processo, França tem feito afirmações reveladoras de constrangedora desinformação sobre a área que chefia. Anunciou, por exemplo, que visitaria a cidade de Ilhéus (BA) para “vistoriar o aeroporto e anunciar obras para ele”. O ministro ignora que o aeroporto é privado.

Dá um Google, ministro
Dando um Google, o ministro aprenderia que o aeroporto Jorge Amado, de Ilhéus, foi concedido em 2018 à empresa privada Socicam.

Provincianismo atrasado
França é contra privatizar o Porto de Santos por sua visão atrasada e também por razões provincianas. Santos é sua base eleitoral.

Lorota tem pernas curtas
O governo da ex-presidente Dilma privatizou rodovias, mas não as autoridades da agência reguladora ANTT e Polícia Rodoviária Federal.

Perdidos no labirinto
O ministro de Portos e Aeroportos não é caso isolado: a ignorância sobre os setores comandam é marca de vários dos ministros do governo Lula.

Câmara vai ganhar o dobro no Banco do Nordeste
Mesmo sem conseguir fazer o sucessor ao Governo de Pernambuco, o campeão em rejeição Paulo Câmara “caiu pra cima” e deve ser o próximo presidente do Banco do Nordeste (BNB). Deixou para trás o salário de R$22 mil como governador e vai embolsar mais que o dobro: R$47.515,42 mensais. Ele foi indicado para o banco pelo presidente Lula, que o conheceu por meio do senador Humberto Costa (PT-PE).

Penduricalho
Como membro do conselho de administração do banco estatal, Paulo Câmara vai engordar o salário em mais R$4.523,32.

Boquinha disputada
A ida de Câmara, ex-PSB, gerou ciumeira dentro do PT. O deputado José Guimarães (PT-CE), pretendia retomar o controle político do BNB.

Pedala, MPF
Câmara no Banco do Nordeste é outro político cuja presença na direção de empresa estatal é proibida pela Lei das Estatais, ainda em vigor.

Mala sem alça
Câmara temia “ficar na chuva”. Tentou levar um ministério de Lula, mas não teve apoio nem do PSB. Aliás, a saída do partido foi pouco amistosa.

Ele não
A presença de Lula nos Estados Unidos teve um reforço adicional na segurança. Não exatamente pelo receio de atentado. A tensão é pelo elevado risco de protesto de brasileiros contra o petista.

Sigilo suspeito
O sigilo que Lula decretou nas imagens dos atos do dia 8 levantou suspeitas no Senado e na Câmara. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) cobrou explicação do PT: “o que vocês querem esconder? Peixe muito grande”.

Falando com a bolha
O PT de Lula prepara um evento para apoiar os ataques de Lula a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Os abestados não sabem, por ignorância mesmo, que poucas coisas são mais inflacionárias do que atacar e tentar desestabilizar a autoridade monetária.

Silêncio é ouro
O governador de MG, Romeu Zema (Novo), virou meme após uma entrevista em Divinópolis. Presenteado com livro de Adélia Prado, que tem até um Prêmio Jabuti, Zema quis saber se era funcionária na rádio.

Ibaneis, 30
Advogado de carreira bem-sucedida em Brasília, o que o levou à presidência da OAB-DF, o governador Ibaneis Rocha (MDB) completa 30 anos de profissão neste ano de 2023.

Passou um boi
O acesso da Polícia Federal, concedido pelo Tribunal Superior Eleitoral, aos dados de biometria de mais de 156 milhões de brasileiros será “só desta vez” garantiu o ministro Alexandre de Moraes.

B de Bessias
O advogado-geral da União, Jorge Bessias, foi contra a posição do PT no caso da apreensão de carteira de motorista ou de passaporte. Para o AGU de Lula, a medida é constitucional. O STF concordou.

Pensando bem…
…reunião com o “homem mais poderoso do mundo” e a pauta foi Bolsonaro?

PODER SEM PUDOR
Política cruzada
Ex-ministro do Tribunal de Contas da União, o mineiro Olavo Drummond sempre foi um político “do bem”. Certa vez, prefeito de Araxá, ele dizia a vereadores que a política ensinava maneiras de ser gentil mesmo fazendo declarações graves. O vereador João Bosco Borges não conseguia entender essa arte de usar, na política, palavras diferentes, mais suaves. Olavo deu a dica: “Faça palavras cruzadas. Só vence em política quem usa os sinônimos.”

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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